quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ANO NOVO 2010

ANO NOVO, NOVAS PERSPECTIVAS DE VIDA!!!!!
Novas buscas, novos pensamentos, novos namorados (as), enfim.........
Por que pedir , ou, refletir neste  dia ?
A vida é movimento, isto é,  sempre o novo, quer  dizer  que  as nossas células mudam  todos  os  dias, nossos pensamentos , nossas  buscas, perdas  , ganhos..............
Planejar, objetivar nossa  caminhada existencial é fazer  todos  os   dias!!!!!!!!
Precisamos  realmentre repensar  a  nossa vida  só  no fim do ano ?
Reflita  todos  os  dias!!!!!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

REALIDADE X CONCEITO


CONCEITO E REALIDADE

FONTE : XAMANISMO / CONCEITO E REALIDADE

Quem ou o quê pode garantir que conceito e realidade são absolutamente iguais?


O conceito é uma coisa e a realidade é outra e existe a tendência de superes- timar nossos próprios conceitos.


É interessante como vivemos numa civilização que acredita que rotular é entender. Basta dar um conceito para algo e passamos a lidar com este algo como se o conhecêssemos.


Veja por exemplo o elétron, um dos maiores mistérios da física. É algo complexo, dual, antagônico e paradoxal. Toda vez que vejo alguém questionando algo por ser paradoxal sempre me lembro que uma das estruturas fundamentais da realidade é em si pleno paradoxo. Mas aí se dá o conceito e pronto, usamos o termo elétron como se o compreendêssemos.


Creio que isto é interessante. Rotular, conceituar algo pode nos ajudar, mostra que há algo lá, mas não nos revela, ao contrário, muitas vezes nos afasta da realidade que queremos encontrar.


A um processo psicológico qualquer, corretamente estruturado mediante uma lógica exata, opõe-se outro diferente, rigidamente formado com lógica similar ou superior; e então ?


Duas mentes severamente disciplinadas dentro de férreas estruturas intelectuais, discutindo entre si, polemizando sobre tal ou qual realidade, crêem, cada uma, na exatidão de seu próprio conceito e na falsidade do conceito alheio; mas, qual delas tem a razão?


Interessante como apesar de tudo ainda estamos presos à concepção, eu chamaria de jesuítica, do confronto. Um quer demonstrar que a idéia do outro está errada. Será que vamos sempre limitar toda troca de informações nisso? Em converter? Será que ninguém se aproxima de um debate com uma proposta muito mais ampla e sensata, a meu ver, que é uma troca de informações, uma troca de pontos de vista, considerando que cada um pode permanecer com suas próprias concepções?


Quem poderia, honestamente, inclinar-se por um ou outro dos polemizadores? Como poderíamos, honestamente, garantir um ou outro lado? Em qual deles conceito e realidade são iguais?


Se o conceito é uma elaboração mental creio que o conceito nunca vai ser igual a realidade, ele é sempre uma aproximação, um falar sobre, um indicar algo.


Indiscutivelmente, cada cabeça é um mundo e em todos e em cada um de nós existe uma espécie de dogmatismo pontifício e ditatorial que quer nos fazer crer na igualdade absoluta de conceito e realidade.


Desfazer esse equívoco e perceber que o conceito alude a realidade mas não é a realidade e, mais, não pode ser a realidade, parece uma proposta comum a muitas linhagens.


Tudo que temos é uma descrição da realidade, criada por conjunturas históricas, adequadas a esse tempo e lugar no qual estamos. Cada época tem uma forma de lidar com a realidade.


Abrir-se ao novo é a difícil facilidade do clássico.


Infelizmente, as pessoas querem descobrir, ver em todo fenômeno natural seus próprios dogmas/pré-julgament os, conceitos, preconceitos, opiniões e teorias; ninguém sabe ser receptivo, ver o novo com mente limpa e espontânea.


Creio que aqui há o desejo de continuidade e o medo que todo novo traz consigo pois ameaça o frágil edifício da personalidade que domina as pessoas. Mudar é sempre morrer um pouco e como teme a morte a personalidade que sabe ter seu poder apenas na ilusão da permanência, mantida através da construção de uma falsa continuidade, conceitual, pois na realidade nada há que a apóie. O que é a personalidade, ou ego, em última instância? Um conceito que tenta fazer-se real. Assim nota-se que vai procurar desesperadamente "provar" que o conceito é real, para provar-se a si mesma como existente, quando mais não é que conceito, descrição, resultante inexistente em si.


Que os fenômenos falassem ao sábio seria o indicado. Desafortunadamente, os sábios desses tempos não sabem escutar, não sabem ver os fenômenos, só querem ver nos mesmos a confirmação de todos os seus preconceitos.


Poderíamos mudar o termo sábio aqui, só para garantir um cuidado com os termos, este tempo tem seus sábios, que obviamente percebem a diferença que estamos debatendo, mas estes sábios não estão exatamente no centro das pesquisas científicas nem nas cátedras da filosofia. Estas estão tomadas em grande parte por indivíduos que tem grande intelecto, o que não quer dizer de forma alguma sabedoria e estes se usam da ciência para provar sua própria superioridade, suas certezas e assim não tem a premissa fundamental do cientista: Duvidar sempre e estar pronto a substituir todas suas hipóteses frente a novas evidências.


Ainda que pareça incrível, os cientistas modernos nada sabem sobre os fenômenos naturais.


Eu não diria exatamente assim, creio que sabem muito, mas equivocam-se quando pretendem saber tudo. Sabem de muitas coisas mas não conseguem fazer disso algo associado a suas próprias vidas, continuam gerando essa ciência que se especializou em produzir conforto e armas.

Quando vemos nos fenômenos da natureza exclusivamente nossos próprios conceitos, certamente não estamos vendo os fenômenos, mas os conceitos.


Contudo, os tontos cientistas alucinados por seu fascinante intelecto, crêem, de forma estúpida, que cada um de seus conceitos é absolutamente igual a tal ou qual fenômeno observado, quando a realidade é diferente.


É interessante, nas chamadas leis da natureza, os cientistas realizaram interpretações fenomênicas e declararam que descobriram as leis fundamentais da natureza, e consideram agora que a natureza está presa a estas leis. E negam certas descobertas afirmando: "Isto vai contra as leis da natureza".


Que leis?


Percebem que é a mesma mente que no passado criou as "leis de Deus" e que também perseguia quem ia contra estas "leis divinas" como se a própria divindade tivesse vindo ditar as leis em pessoa, da mesma forma que hoje usam suas observações, ainda tão frágeis, para já determinar os limites da natureza.


Creio que aqui há uma generalização perigosa, todos os cientistas não, uma parte deles sim, uma parte significativa, mas se ler os que estão trabalhando com teorias arrojadas, como a Bootstrap vai notar que eles pensam já de forma bem menos dogmática e justamente estão profundamente cientes que conceito é uma aproximação da realidade , não a realidade em si.


Tão logo a mente observe tal ou qual fenômeno através dos sentidos, apressa-se de imediato a rotulá-lo com tal ou qual termo científico que, indiscutivelmente, só vem a servir como remendo para tapar a própria ignorância.


Creio que a mente mecânica, que é a que o ser humano via de regra usa, não é mesmo capaz de ir além e por isso disfarça seus limites, rotulando, limitando a seus próprios limites, tudo o que não pode compreender em essência. Temos que entrar em outro nível da mente para investigarmos diretamente a natureza e seus mistérios, do contrário ficamos apenas a rotular, sem chegar a lugar nenhum.

PRECISO  REFLETIR  SOBRE  ESTE  ARTIGO!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

FIM DO MUNDO 2012?????


Fonte : xamanismo universal
Artigo : Rui Palmela



É esse o maior perigo e grande problema do século. Já escrevi também um artigo intitulado "E SE O MUNDO ACABASSE AMANHÃ?" perspectivando o que fariam as pessoas se tal fosse verdade. Aqui fica:

E SE O MUNDO ACABASSE AMANHÃ?


Esta pergunta já se fez várias vezes a muita gente que deu variadas respostas, sendo a mais frequente aquela que deixa transparecer sempre uma grande falta de consciência ou de coerência da nossa condição de seres humanos.


Na verdade a maioria das pessoas diz sempre que se o mundo acabasse amanhã faria hoje todo o género de disparates ou satisfazia seus desejos pessoais, principalmente os da luxuria, fornicando e gozando até morrer de prazer. Só poucos aproveitariam o tempo que lhes resta para orar e se preparem para um Mundo Novo ou uma vida nova.



É claro que tudo isto se deve à falta de conhecimento que grande parte das pessoas têm sobre  o que é que são verdadeiramente e o que fazem neste mundo. A maioria não sabe sequer qual o seu objectivo de estarem neste planeta para além de comerem, beberem, procriarem, dando mais importância ao ter do que ao ser, e por isso deixaram há muito de viver para passarem a sobreviver.

As crises e males da Humanidade resultam pois da grande ignorância que o homem tem sobre si próprio e por isso desrespeita a sua vida e a de todos os seres da Criação, tendo-se tornado a pior espécie das criaturas, a mais perigosa e predadora, que destrói o planeta onde vive com sua forma de Civilização. Nunca é demais dizer isto!



Penso que a última coisa que todos deviamos fazer hoje como seres humanos, se o mundo acabasse amanhã, era redimirmo-nos ou penitenciarmo- nos de nossos próprios males e erros de comportamento animal dito 'inteligente' que não tem sabido viver de forma correcta e coerente, afectando mais a Terra nas últimas décadas do que todas as civilizações anteriores durante gerações. Aliás, muitos são os mesmos “antepassados” que continuam hoje fazendo o mesmo de outros tempos engendrando ou colhendo seus próprios sofrimentos.



Seria bom, pois, que houvesse sobre tudo isto uma verdadeira compreensão, abrindo debates públicos que infelizmente não têm espaço nem tempo de antena de televisão, onde só se fala de gastronomias, moda, estados da economia, feiras de sexo ou do fumeiro, telenovelas, politica ou futebol, e não aquelas mais importantes que poderiam preparar as pessoas para os tempos dificeis que se avizinham e se podia evitar o pior do que se vai passar neste Mundo desde a sua fundação.



Quem puder entenda,



Pausa para reflexão!

Rui Palmela
É MESMO  PAUSA PARA REFLEXÃOOOOOOO JEF !!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

OBRAS PRIMAS - PINTURAS DE QUADROS


História


FONTE : WINKIPÉDIA

    Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: História da pintura

A pintura acompanha o ser humano por toda a sua história. Ainda que durante o período grego clássico não tenha se desenvolvido tanto quanto a escultura, a Pintura foi uma das principais formas de representação dos povos medievais, do Renascimento até o século XX.

Mas é a partir do século XIX com o crescimento da técnica de reprodução de imagens, graças à Revolução Industrial, que a pintura de cavalete perde o espaço que tinha no mercado. Até então a gravura era a única forma de reprodução de imagens, trabalho muitas vezes realizado por pintores. Mas com o surgimento da fotografia, a função principal da pintura de cavalete, a representação de imagens, enfrenta uma competição difícil. Essa é, de certa maneira, a crise da imagem única e o apogeu de reprodução em massa.

No século XX a pintura de cavalete se mantém através da difusão da galeria de arte. Mas a técnica da pintura continua a ser valorizada por vários tipos de designers (ilustradores, estilistas, etc.), especialmente na publicidade. Várias formas de reprodução técnica surgem nesse século, como o vídeo e diversos avanços na produção gráfica. A longo do século XX vários artistas experimentam com a pintura e a fotografia, criando colagens e gravuras, artistas como os dadaístas e os membros do pop art, só para mencionar alguns. Mas é com o advento da computação gráfica que a técnica da pintura se une completamente à fotografia. A imagem digital, por ser composta por pixeis, é um suporte em que se pode misturar as técnicas de pintura, desenho, escultura (3d) e fotografia.

A partir da revolução da arte moderna e das novas tecnologias, os pintores adaptaram técnicas tradicionais ou as abandonaram , criando novas formas de representação e expressão visual.
[editar] Pintura figurativa e abstrata

Quando o artista pretende reproduzir em seu quadro uma realidade que lhe é familiar, como sua realidade natural e sensível ou sua realidade interna, a pintura é essencialmente a representação pictórica de um tema: é uma pintura figurativa. O tema pode ser uma paisagem (natural ou imaginada), uma natureza morta, uma cena mitológica ou cotidiana, mas independente disto a pintura manifestar-se-á como um conjunto de cores e luz. Esta foi praticamente a única abordagem dada ao problema em toda a arte ocidental até meados do início do século XX.

A partir das pesquisas de Paul Cézanne, os artistas começaram a perceber que era possível lidar com realidades que não necessariamente as externas, dialogando com características dos elementos que são próprios da pintura, como a cor, a luz e o desenho. Com o aprofundamento destas pesquisas, Wassily Kandinsky chegou à abstração total em 1917. A pintura abstrata não procura retratar objetos ou paisagens, pois está inserida em uma realidade própria.

A abstração pode ser, porém, construída, manifestando-se em uma realidade concreta porém artificial. Esta foi a abordagem dos construtivistas e de movimentos similares. Já os expressionistas abstratos, como Jackson Pollock, não construíam a realidade, mas encontravam-na ao acaso. Este tipo de pintura abstrata resulta diametralmente oposta à primeira: enquanto aquela busca uma certa racionalidade e expressa apenas as relações estéticas do quadro, esta é normalmente caótica e expressa o instinto e sensações do artista quando da pintura da obra.
[editar] Técnica
Diversos tipos diferentes de tintas

Toda Pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante, que tem o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte.

A escolha dos materiais e técnica adequadas está diretamente ligada ao resultado desejado para o trabalho e como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica utilizadas.

O suporte mais comum é a tela (normalmente feita com um tecido tensionado sobre um chassis de madeira), embora durante a Idade Média e o Renascimento o afresco tenha tido mais importância. É possível também usar o papel (embora seja muito pouco adequado à maior parte das tintas).

Quanto aos materiais, a escolha é mais demorada e, normalmente, envolve uma preferência pessoal do pintor e sua disponibilidade. O papel é suporte comum para a aquarela e o guache, e eventualmente para a tinta acrílica.

As técnicas mais conhecidas são: a pintura a óleo, a tinta acrílica, o guache, a aquarela, a caseína, a resina alquídica, o afresco, a encáustica e a têmpera de ovo. É também possível lidar com pastéis e crayons, embora estes materiais estejam mais identificados com o desenho.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ARTIGO DO SITE DA ACAFIC


ARTIGO BEM INTERESSANTE!
FONTE : ACAFIC

“As Formas de Amor” por Elaine Heloisa Melim
Artigos Diversos, Ensaios, filosofia Deixe um Comentário »

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Imagem: EROS & THANATOS – Sigmund Freud Museum & LIECHTENSTEIN MUSEUM Vienna

O amor se diz de muitas formas; “Diante de um superior, nosso eu nada mais tem a dizer do que declarar amor”, escreve Bettina Brentanoa Goethe, autor de Os sofrimentos do jovem Werther, uma obra que serviu como estimulo a uma série de suicídios por amor em meados do século XVIII. E o sofrimento de Goethe dá origem a um dos mais belos livros sobre a dor de um amor não-correspondido. Se o amor não correspondido pode levar ao suicídio, também pode dar origem à heróica aceitação do fardo de amar demais, como nos versos de Auden: se o afeto não pode ser o mesmo, que eu seja aquele que ama mais. Sentimentos comuns sobre o amor.

Por que nós, seres racionais, padecemos, vez por outra, dessas inquietações da alma? Por que sofremos por aquilo que era uma promessa de felicidade infinita? Por que continuamos a ter tais sentimentos quando já sabemos que a promessa de prazer trará apenas a certeza da dor? Por que entre a dor e o nada, preferimos a dor?

Sponville apresenta três formas de amor: o amor/Eros, que é aquele tematizado no Banquete de Platão e que permeia igualmente o amor romântico. Esse tipo de amor é caracterizado pelo DESEJO, não necessariamente o desejo carnal, mas o desejo do que falta. É o desejo de se reunir à sua metade perdida e se fundir com ela, formando um todo. Como essa fusão é impossível ou fugaz, o amor/Eros é CARÊNCIA, SOFRIMENTO, OBSEÇÃO DA BUSCA DAQUILO QUE COMPLETA. NÃO RARO, EROS ESTÁ LIGADO A MORTE. Assim o é nos relatos românticos de Tristão e Isolda, Romeu e Julieta e Os Sofrimentos do Jovem Werther. O sofrimento é parte essencial do amor romântico que dificilmente poderíamos imaginar esses personagens felizes.

O segundo: o amor Amizade ou amor/Philia, explorado por Aristóteles na Ética a Nicômaco. O amor/philia implica um desejo de partilhar a companhia do outro, seja pelo prazer, pelo útil ou pela virtude, esse ultimo seria sua forma mais completa, definida por Aristóteles como amizade entre bons e virtuosos, que implica querer o bem do outro e ter prazer em sua companhia. Ela é antes de tudo o prazer da presença e da companhia do outro. Os amigos virtuosos querem e fazem o bem uns aos outros e sua mutua companhia é agradável, pois suas atividades são semelhantes. A philia para Aristóteles é uma relação duradoura entre iguais, baseada na vontade de fazer o bem um ao outro e num prazeroso convívio. Ela não se reduz ao que hoje chamamos de amizade, a relação entre conjugues pode ser considerada uma forma de philia, desde que baseada na sua consideração como igual, no prazer da convivência e no mútuo desejo se fazer o bem um ao outro. Passada a paixão romântica, restaria a amizade Aristotélica. Como no caso de um casal de idosos.

O Amor em Spinoza, próximo à philia de Aristóteles; “O amor é uma alegria acompanhada da idéia de uma causa exterior”. Trata-se do amor de regozijo pela mera existência do outro. Nesse amor não há falta, nem a urgente inclinação de unir-se ao ser amado. Para Spinoza, enganam-se aqueles que pensam pertencer, à essência do amor, a vontade de unir-se à coisa amada. Essa é apenas uma propriedade desta afecção. A vontade de o amante unir-se ao amado designa apenas a consolidação do contentamento daquele que ama na presença do outro, alegria que pode existir, contudo, mesmo na ausência. O mero pensamento de sua existência é suficiente para o contentamento, sem implicar nenhuma necessidade de unir-se ao objeto de amor.

O terceiro tipo de amor é a Ágape ou Caritás, mais próximo à philia do que a Eros. É um amor de benevolência, porem não por uma pessoa em particular, mas por toda a humanidade. Esse amor leva a caridade desinteressada, fortemente incitada pelos discursos humanistas ou religiosos. Kant o denominará de benevolência ou humanitas pratica: trata-se de fazer o bem ao outro, ainda que não tendo nenhuma inclinação especial ou sentimental em relação a esse.

Analise que alguns filósofos fazem do amor, com ênfase na forma mais pertubadora: o amor/Eros.

O Banquete é um livro sobre o amor. Há discursos sobre elogias a Eros, deus do amor, entre esses discursos se destacam 3, por ressaltarem aqueles elementos que melhor definem o amor/Eros: a diferença entre o bom e o mau Eros, feito por Pausânias: o MITO DO ANDRÓGINO. Segundo Pausânias, não existe apenas Eros, mas dois: um Eros vulgar e o outro celeste. O Eros vulgar é aquele que ínsita o amor do corpo (sexo) e não do espírito (sentimental). Tal amor é guiado pela concupiscência, não tendo nenhuma preocupação com a virtude do ser amado, não sendo digno de apreço. Ao contrario, o Eros celeste não se dirige ao prazer do corpo, mas do espírito, ama a virtude e a inteligência do outro, não apenas seu corpo. As relações baseada no Eros celeste são mais duradouras, pois os amantes visam a companhia um do outro, já que amam sem espírito e não buscam algo meramente fugaz como o prazer do corpo. Elas levão as associações e amizades duradouras. Eros celeste é o amor da sabedoria e da virtude do outro, a ele nada deve-ser censurado e tudo deve ser permitido: implorar como mendigo, adular (“enganar”) ate a exaustão.

Banquete é o mito do andrógino, narrado por Aristófanes. Segundo a lenda, no inicio do mundo existiam três sexos humanos: o feminino, o masculino e o andrógino. Os seres humanos eram redondos, possuíam quatro pernas, quatro braços, um pescoço, e duas face, quatro orelhas e dois órgãos sexuais. Eles eram robustos, vigorosos e muito velozes, já que para correr davam voltas no ar, usando seus oito membros. Percebendo sua força e robustez, eles decidiram escalar o céu e atacar os deuses.

Zeus encontrou uma forma de enfraquecê-los sem destruí-los por completo. Decidiu corta-los ao meio – assim ficariam mais fracos, mas poderiam ainda se locomover pela terra sobre dois pés. Ele cortou os homens ao meio e virou-lhes a cabeça para dentro, a fim de que pudessem contemplar o ventre e o umbigo, memórias pelo merecido castigo por sua insolência. A partir de então, as criaturas humanas passaram a procuram a sua outra metade e, se a encontravam, ficavam abraçados com ela, gozando da sua unidade reencontrada. Como a saciedade era tanta, os seres morriam assim, abraçadas a sua metade, e a raça humana corria o perigo de extinção. Zeus pensou então num estratagema para que isso não ocorresse: pôs os órgãos sexuais para frente. Dessa forma, se as metades de um andrógino se encontrassem, reproduziriam outros seres. Se fossem as metades de um homem ou de uma mulher, haveria ao menos saciedade sexual no encontro e eles poderiam voltar à sua vida normal. MITO DAS ALMAS GÊMEAS.

Sócrates inicia narrando a defesa que Diotina faz da posição de que Eros não é belo: ele não é feio, nem mal, porem sua natureza mostra a sua própria carência. Para explicá-la, Diotina nos conta a concepção de Eros. Ele é concebido na festa de nascimento de Afrodite, na qual estavam Pênia, a pobreza, e Poros, o esperto filho de Métis. Embriagado de néctar, Poros vai aos jardins e adormece. Neste momento, Pênia querendo conceber um filho dele, deita-se ao seu lado e concebe Eros. Assim, Eros reúne em si as marcas de seus dois progenitores. É pobre, rude e sujo como sua mãe; vivendo na pobreza, passa de porta em porta a mendigar. A mendigar carinho e atenção, exemplo a personagem Silvia da novela das oito. Como o pai, é astuto e vive tramando estratagemas e maquinações. Não é mortal nem imortal, porque acaba o sentimento destinado a alguém, mas não acaba o sentimento em si, ou seja, deixa-se de amar alguém, mas a qualquer momento pode-se amar outro alguém. Acaba aquele sentimento, mas não o amor. Podendo morrer no mesmo dia em que nasceu, e, após sua morte, renascer. Sendo Eros concebido no dia do nascimento de Afrodite, ele é o amor do belo, visto que ela é bela. Por isso que o amor é belo. E esse é o lugar de Eros. Nem feio, nem belo, nem mortal, nem imortal, nem sábio, nem tolo, a essência do amor é fazer ponte entre o humano e o divino. Ele é a busca pela sua metade perdida, busca que evidencia a carência constitutiva de sua pobreza intrínseca.

MORRER DE AMOR

O amor romântico é o amor da impossibilidade de completar sua falta. Ele é ilusório e fugaz. Ou bem o amor não será correspondido, levando a tristeza, desespero ou mesmo a obsessão e morte, ou bem o amor romântico é correspondido e passará a uma forma de amor, mais próximo a philia. Segundo estudos contemporâneos, êxtase amoroso, rebatizado de limerence,dura em média de 18 meses a 3 anos. Surpreendentemente, 3 anos é a duração do elixir de amor de uma das primeiras manifestações literárias que exalta o amor romântico: Tristão e Isolda. Atualmente, sabe-se que essa sensação de euforia romântica é causada por uma substância chamada de feniletilamina. Também encontrada no cacau, matéria prima do chocolate.

TRISTÃO E ISOLDA

Romance baseado em narrativas do século XII e XIII. Isolda filha do rei da Irlanda, deverá ser levada a Cornualha para se casar como o rei Marc, o qual não conhecia. Zelando pelo futuro da filha e temendo que fosse infeliz longe de sua terra natal ao casar com um desconhecido, a mãe de Isolda, uma eximia feiticeira, prepara-lhe um elixir que deveria ser tomado pelos cônjuges antes da noite de núpcias e que faria com que eles se apaixonassem perdidamente um pelo outro. Tristão, sobrinho de Marc, é encarregado de levar Isolda a seu destino. No caminho ainda no navio que os levará para Cornualha, Brangien, criada de Isolda, revela a esta que traz consigo o elixir do amor. Isolda decide tomar a poção mágica e dá-la de beber a Tristão, o qual ignorava o que bebia. O elixir faria com os que bebessem padecessem de um amor tão intenso que não poderiam ficar longe um do outro mais do que um dia sem sofrer e mais do que uma semana sem correr o risco de morrer. Tristão e Isolda bebem o elixir que os unirá de um amor indissolúvel. Isolda, contudo, deverá cumprir sua promessa e casar-se com o rei Marc, o que terá uma serie de desventuras a ambos os amantes, culminando em sua morte. Isolda não é, contudo, vitima de nenhum sortilégio que tenha agido contra a sua vontade, ela sabia o que o elixir era capaz de provocar e mesmo assim decidiu toma-lo (livre arbítrio). Neste romance, podemos ver mais uma característica do amor romântico: se ele é uma doença da alma, é uma doença que o doente decide contrair. Isolda decide voluntariamente tomar o elixir, ainda que Tristão não esteja a par do que está bebendo. Contudo, em nenhum momento, mesmo nas maiores dificuldades, eles quiseram se curar do amor. Isolda é ameaçada pelo rei Marc de ser queimada viva, depois é deixada aos leprosos. Resgatada por Tristão, vai viver com ele nas florestas, sem abrigo nem alimento. O amor provocado pelo elixir possui a propriedade de deixar os amantes insensíveis à dor física e a fome. A dor física, a necessidade, a falta de alimentos e abrigo em nenhum momento fará os amantes deplorarem seu fardo. Kant comentará sobre essa paixão da alma: como curar um doente que não quer a si mesmo curar? Visto que o amor romântico é o amor da impossibilidade, suas manifestações literárias mais significativas estão ligadas à morte: a morte de Isolda e Tristão soma-se a morte de Romeu e Julieta e o suicídio de Werther.

Comparada à dor de um amor impossível a dor física de uma doença sem cura. O suicídio vem a extinguir a dor para a qual não há cura, assim como a morte natural extingue um corpo que não tem mais forças. O paralelo entre a doença do corpo e a doença da alma é reiterada muitas vezes. Não pode haver, portanto, reprovação moral do suicídio: chamar de covarde aquele que se priva da vida seria como censurar aquele que sucumbe a uma febre maligna. A natureza, afirma Werther, tem seus limites, ela sucumbe. O espírito que decide aniquilar a si mesmo não difere da natureza que extingue um corpo que esteja definhando. Na enfermidade, “a natureza não encontra nenhuma saída desse labirinto de forças intrincadas e antagônicas, e o homem tem que morrer”. Ao defender o suicídio por amor de uma jovem de seu povoado, Werther raciocina utilizando a analogia entre as enfermidades do corpo e os tormentos da alma. Assim como nas enfermidades do corpo, não há sentido em reprovar a natureza por não ter esperado o momento propicio para morrer, não há sentido em dizer que a pobre moça desesperada deveria esperar para recobrar o bom senso. A morte, a loucura, o suicídio, todos esses são males que fazem parte da essência do amor nessa sua figura radical.

O amor romântico não leva apenas a morte como impossibilidade da consumação da totalidade almejada. A impossibilidade da posse do ser amado pode levar ao impulso de morte e, por sua vez, a sua destruição. Para viver o amor romântico é preciso superar a morte. Isso ocorre quando descobrimos que o outro não é um mero objeto, sua condição é superior. Eu não desejo o outro, eu desejo o desejo do outro.

O AMOR, NA SUA FORMA AVASSALADORA, DISSOLVE TUDO O QUE É FIXO. OLHAR O OUTRO NOS OLHOS E TEMER O SENHOR ABSOLUTO NOS DÁ A DIMENSÃO MORTAL DE EROS.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

INTERROGAÇÃO


Talvez

Posted: 30 Nov 2009 07:34 PM PST
Observe cada palavra que você usa. Nossa linguagem é tal, nossas maneiras de falar são tais que, sabendo ou não, fazemos afirmações absolutas. Nunca faça isso.

Hesite mais, use mais as expressões talvez e pode ser e permita aos outros a liberdade de decidirem por si mesmos.

Tente isso por um mês. Você precisará estar muito alerta, porque falar em termos absolutos é um hábito profundamente enraizado; mas, se você estiver atento, esse hábito poderá ser abandonado.

Então você perceberá que os argumentos serão abandonados e não haverá necessidade de se defender.

Osho, em "Osho Todos Os Dias"
Imagem por Laris.Sa*
www.palavrasdeosho.com

Cada  indivíduo possui suas verdades, ou  a sua verdade absoluta . Tal verdade vem da  sua  cultura, dos  seus  valores religiosos, enfim..........!
No entanto, num jogo de linguagem, trocas de idéais, poderá acontecer um denominador comum, isto é, uma nova verdade no AGORA.
Más na  nossa  singularidade podemos ter  outras percepcões de  mundo !
Pois, a vida é  movimento, e  as  idéias também !

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

DISCOTECA BÁSICA

FONTE : WIKIPÉDIA _Uma das bandas de  tantas  da década de 60  que  eu  adoro muito e, até hoje escuto. Adoro  a  sonoridade desta banda.
The Doors foi uma banda de rock norte-americana dos fins da década de 1960 e princípio da década de 1970. O grupo era composto por Jim Morrison (voz), Ray Manzarek (teclados), Robby Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria). A banda ainda recebeu influências de diferentes estilos musicais, como o blues, jazz, flamenco e a bossa nova.[4]

Canções como "Break on Through (To the Other Side)", "Light My Fire", "People Are Strange" ou "Riders on the Storm", aliadas à personalidade e escândalos protagonizados por Jim Morrison, contribuíram de sobremaneira para o aumento da fama do grupo.

Após a dissolução da banda no início da década 70, e especialmente desde a morte de Morrison em 1971, o interesse nas músicas dos Doors tem-se mantido elevado, ultrapassando mesmo por vezes o que o grupo teve enquanto esteve activo. Em todo o mundo, os seus discos e DVDs já venderam mais de 75 milhões de cópias, e continuam a vender cerca de 2 milhões anualmente.

Álbuns de estúdio

    * 1967 - The Doors
    * 1967 - Strange Days
    * 1968 - Waiting for the Sun
    * 1969 - The Soft Parade
    * 1970 - Morrison Hotel
    * 1971 - L.A. Woman
    * 1971 - Other Voices
    * 1972 - Full Circle
    * 1978 - American Prayer (realizado com gravações antigas de Jim Morrison, que faleceu em 1971)

[editar] Ao vivo

    * 1970 - Absolutely Live
    * 1983 - Alive, She Cried
    * 1985 - Live At Hollywood Bowl
    * 1991 - In Concert
    * 2001 - Live In Detroit
    * 2001 - Bright Midnight: Live in America
    * 2002 - Live in Hollywood
    * 2007 - Live in Boston

[editar] Compilações

    * 1970 - 13
    * 1985 - The Best of The Doors
    * 1997 - Box Set
    * 2000 - The Best of The Doors
    * 2001 - The Very Best of The Doors
    * 2003 - Legacy: the Absolute Best
    * 2006 - Perception
    * 2007 - The Very Best of The Doors (40th anniversary mixes)
    * 2008 - The Doors: Vinyl Box Set

[editar] Singles

    * 1967 - "Break on Through (To The Other Side)"
    * 1967 - "Light My Fire"
    * 1967 - "People Are Strange"
    * 1967 - "Love Me Two Times"
    * 1968 - "The Unknown Soldier"
    * 1968 - "Hello, I Love You"
    * 1968 - "Touch Me"
    * 1969 - "Wishful Sinful"
    * 1969 - "Tell All the People"
    * 1969 - "Runnin' Blue"
    * 1970 - "You Make Me Real"
    * 1970 - "Roadhouse Blues"
    * 1971 - "Love Her Madly"
    * 1971 - "Riders on the Storm"
    * 1971 - "Tightrope Ride"
    * 1972 - "Ships with Sails"
    * 1972 - "Get Up and Dance"
    * 1972 - "The Mosquito"
    * 1972 - "The Piano Bird"

[editar] Remixagens

Os The Doors autorizaram vários produtores musicais de música eletrônica à remixarem suas obras. Muitos considram que isso possibilitará a introdução à banda para novas gerações. Os resultados das remixagens incluem:

    * Snoop Dogg vs. The Doors - Riders on the Storm (Fredwreck Remix): aparece no vídeo game Need for Speed Underground 2
    * The Doors - L.A. Woman (remix por Paul Oakenfold): aparece no álbum Perfecto Presents: The Club
    * BT vs. The Doors - Break On Through (To The Other Side)
    * The Doors - Roadhouse Blues (remix por The Crystal Method)
    * The Doors - Hello, I love You (remix de Adam Freeland)
    * Blondie Vs. The Doors - "Rapture Riders" (remix com a música Riders On The Storm)

Recentemente o projeto israelense Infected Mushroom lançou seu novo album com alguns tributos aos The Doors com os remix:

    * Riders On The Storm
    * Peolple Are Strange
    * Break On Trought
    * Love me two Times

RECOMENDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

terça-feira, 17 de novembro de 2009

MICHEL FOUCAULT-ENTREVISTA

FILÓSOFO FRANCÊS CUJOS ESTUDOS FILOSÓFICOS SE EXPANDEM PELAS ÁREAS DA MEDICINA, PSIQUIATRIA, JUSTIÇA, A GEOGRAFIA, O CORPO, A SEXUALIDADE, O PAEL DOS INTELECTUAIS, O ESTADO.

OBRAS : HISTÓRIA DA LOUCURA; NASCIMENTO DA CLÍNICA (1963 ).

UM PEDAÇO DA ENTREVISTA DE FOUCAULT  :

Michel Foucault, uma entrevista:
Sexo, poder e a política da identidade

Michel Foucault, an Interview: Sex, Power and the Politics of Identity; entrevista com B. Gallagher e A. Wilson, Toronto, junho de 1982; The Advocate, n. 400, 7 de agosto de 1984, pp. 26-30 e 58. Esta entrevista estava destinada à revista canadense Body Politic. Tradução de wanderson flor do nascimento.

- Você sugere em seus livros que a liberação sexual não está tanto em colocar em jogo as verdades secretas sobre si mesmo ou sobre seu desejo do que em um elemento do processo de definição e construção do desejo. Quais são as implicações práticas desta distinção?
- O que eu gostaria de dizer é que, em minha opinião, o movimento homossexual tem mais necessidade hoje de uma arte de viver do que de uma ciência ou um conhecimento científico (ou pseudocientífico) do que é a sexualidade. A sexualidade faz parte de nossa conduta. Ela faz parte da liberdade em nosso usufruto deste mundo. A sexualidade é algo que nós mesmos criamos - ela é nossa própria criação, ou melhor, ela não é a descoberta de um aspecto secreto de nosso desejo. Nós devemos compreender que, com nossos desejos, através deles, se instauram novas formas de relações, novas formas de amor e novas formas de criação. O sexo não é uma fatalidade; ele é uma possibilidade de aceder a uma vida criativa.
- É, no fundo, a conclusão à qual você chega quando diz que devemos tentar tornar-nos gays e não nos contentar em reafirmar nossa identidade de gays.
- Sim, é isto. Nós não devemos descobrir que somos homossexuais.
- Nem descobrir o que isto queira dizer?
- Exatamente, nós devemos, antes, criar um modo de vida gay. Um tornar-se gay.
- E é algo sem limites?
- Sim, claramente. Quando examinamos as diferentes maneiras pelas quais as pessoas têm vivenciado sua liberdade sexual - a maneira que elas têm criado suas obras de arte -, forçosamente constatamos que a sexualidade tal qual a conhecemos hoje torna-se uma das fontes mais produtivas de nossa sociedade e de nosso ser. Eu penso que deveríamos compreender a sexualidade em um outro sentido: o mundo considera que a sexualidade constitui o segredo da vida cultural criadora; ela é mais um processo que se inscreve, para nós hoje, na necessidade de criar uma nova vida cultural, sob a condução de nossas escolhas sexuais.
- Na prática, uma das conseqüências dessa tentativa de colocar em jogo o segredo é que o movimento homossexual não foi mais longe do que a reivindicação de direitos civis ou humanos relativos à sexualidade. Isso quer dizer que a liberação sexual tem se limitado ao nível de uma exigência de tolerância sexual.
- Sim, mas é um aspecto que é preciso afirmar. É importante, de início, para um indivíduo ter a possibilidade - e o direito - de escolher a sua sexualidade. Os direitos do indivíduo no que diz respeito à sexualidade são importantes, e mais ainda os lugares onde não são respeitados. É preciso, neste momento, não considerar como resolvidos estes problemas. Desde o início dos anos sessenta, se produziu um verdadeiro processo de liberação. Este processo foi muito benéfico no que diz respeito situações relativas às mentalidades, mas a situação não está definitivamente estabilizada. Nós devemos ainda dar um passo adiante, penso eu. Eu acredito que um dos fatores de estabilização será a criação de novas formas de vida, de relações, de amizades nas sociedades, a arte, a cultura de novas formas que se instaurassem por meio de nossas escolhas sexuais, éticas e políticas. Devemos não somente nos defender, mas também nos afirmar, e nos afirmar não somente enquanto identidades, mas enquanto força criativa.
- Muitas coisas no que você diz lembram, por exemplo, as tentativas do movimento feminista, que deseja criar sua própria linguagem e sua própria cultura.
- Sim, mas eu não estou seguro de que nós devamos criar nossa própria cultura. Nós devemos criar uma cultura. Devemos realizar criações culturais. Mas aí, devemos nos embater com o problema da identidade. Desconheço o que faríamos para produzir essas criações e desconheço quais formas essas criações tomariam. Por exemplo, eu não estou de todo certo de que a melhor forma de criação literária que possa atingir aos homossexuais sejam os romances homossexuais.
- De fato, nós mesmos não concordaríamos em dizer isso. Seria partir de um essencialismo que nos devemos precisamente evitar.
- É verdade. O que se entende, por exemplo, por "pintura gay"? E, entretanto, eu estou certo que a partir de nossas escolhas sexuais, a partir de nossas escolhas éticas podemos criar algo que tenha uma certa relação com a homossexualidade. Mas esta coisa não deve ser uma tradução da homossexualidade no domínio da música, da pintura - o que sei eu, novamente? - que penso não ser possível.
- Como você vê a extraordinária proliferação, depois dos últimos dez ou quinze anos, das práticas homossexuais masculinas, a sensualização, se você prefere, de certas partes até então negligenciadas do corpo e a expressão de novos desejos? Eu penso, é claro, nas características mais surpreendentes daquilo que chamamos filmes gueto-pornôs, os clubes de S/M [sadomasoquismo] ou de fistfucking. É isto uma simples extensão, em uma outra esfera, da proliferação geral dos discursos sexuais depois do séc. XIX, ou antes se tratam de desenvolvimentos de outro tipo, próprios do contexto histórico atual?
- De fato, o que gostaríamos de falar aqui é precisamente, penso, das inovações que implicam essas práticas. Consideramos, por exemplo, a "sub-cultura S/M", para retomar uma expressão cara a nossa amiga Gayle Rubin1. Eu não penso que o movimento das práticas sexuais tenha a ver com colocar em jogo a descoberta de tendências sado-masoquistas profundamente escondidas em nosso inconsciente. Eu penso que o S/M é muito mais que isso, é a criação real de novas possibilidades de prazer, que não se tinha imaginado anteriormente. A idéia de que o S/M é ligado com uma violência profunda e que essa prática é um meio de liberar essa violência, de dar vazão à agressão é uma idéia estúpida. Sabemos muito bem que essas pessoas não são agressivas; que elas inventam novas possibilidades de prazer utilizando certas partes estranhas do corpo - erotizando o corpo. Eu penso que temos uma forma de criação, de empreendimento de criatividade, dos quais a principal característica é o que chamo de dessexualização do prazer. A idéia de que o prazer físico provém sempre do prazer sexual e a idéia de que o prazer sexual é a base de todos os prazeres possíveis, penso, é verdadeiramente algo de falso. O que essas práticas de S/M nos mostram é que nós podemos produzir prazer a partir dos objetos mais estranhos, utilizando certas partes estanhas do corpo, nas situações mais inabituais, etc.
- A assimilação do prazer ao sexo é, então, ultrapassada.
- É exatamente isso. A possibilidade de utilizar nossos corpos como uma fonte possível de uma multiplicidade de prazeres é muito importante. Se consideramos, por exemplo, a construção tradicional do prazer, constata-se que os prazeres físicos, ou os prazeres da carne, são sempre a bebida, a comida e o sexo. É ai que se limita, me parece, nossa compreensão dos corpos, dos prazeres. O que me frustra, por exemplo, que se considere sempre o problema das drogas exclusivamente em termos de liberdade ou de proibição. Penso que as drogas deveriam tornar-se elemento de nossa cultura.
- Enquanto fonte de prazer?
- Enquanto fonte de prazer. Devemos estudar as drogas. Devemos experimentar as drogas. Devemos fabricas boas drogas - capazes de produzir um prazer muito intenso. O puritanismo, que coloca o problema das drogas - um puritanismo que implica o que se deve estar contra ou a favor - é uma atitude errônea. As drogas já fazem parte de nossa cultura. Da mesma forma que há boa música e má música, há boas e más drogas. E então, da mesma forma que não podemos dizer somos "contra" a música, não podemos dizer que somos "contra" as drogas.
- O objetivo é testar o prazer e suas possibilidades.
- Sim. O prazer também deve fazer parte de nossa cultura. É muito interessante notar, por exemplo, que depois de séculos as pessoas em geral - mas também os médicos, os psiquiatras e mesmo os movimentos de liberação - têm sempre falado do desejo e nunca do prazer. "Nós devemos liberar o nosso desejo", dizem eles. Não! Devemos criar prazeres novos. Então, pode ser que o desejo surja.
- É significativo que certas identidades se constituam em torno de novas práticas sexuais tais quais o S/M? Essas identidades favorecem a exploração dessas práticas; elas contribuem também para o direito do indivíduo de entregar-se. Mas elas também não restringem as possibilidades do indivíduo?
- Veja bem, se a identidade é apenas um jogo, apenas um procedimento para favorecer relações, relações sociais e as relações de prazer sexual que criem novas amizades, então ela é útil. Mas se a identidade se torna o problema mais importante da existência sexual, se as pessoas pensam que elas devem "desvendar" sua "identidade própria" e que esta identidade deva tornar-se a lei, o princípio, o código de sua existência, se a questão que se coloca continuamente é: "Isso está de acordo com minha identidade?", então eu penso que fizeram um retorno a uma forma de ética muito próxima à da heterossexualidade tradicional. Se devemos nos posicionar em relação à questão da identidade, temos que partir do fato de que somos seres únicos. Mas as relações que devemos estabelecer conosco mesmos não são relações de identidade, elas devem ser antes relações de diferenciação, de criação, de inovação. É muito chato ser sempre o mesmo. Nós não devemos excluir a identidade se é pelo viés desta identidade que as pessoas encontram seu prazer, mas não devemos considerar essa identidade como uma regra ética universal.
- Mas até agora a identidade sexual tem sido muito útil politicamente.
- Sim, ela tem sido muito útil, mas é uma identidade que nos limita e, penso eu que temos (e podemos ter) o direito de ser livres.
- Queremos que algumas de nossas práticas sexuais sejam práticas de resistência no sentido político ou social. Como isso é possível, sendo que a estimulação do prazer pode servir para exercer um controle? Podemos estar seguros de que não haverá exploração desses novos prazeres? Estou pensando na maneira pela qual a publicidade utiliza a estimulação do prazer como um instrumento de controle social.
- Não se pode nunca estar seguro de que não haverá exploração. De fato podemos estar seguros de que haverá uma, e que tudo o que se tem criado ou adquirido, todo o terreno que se tem ganhado será, em um momento ou outro, utilizado desta maneira. Parece ser assim na vida, na luta e na história dos homens. E eu não penso que isso seja uma objeção a todos esses movimentos ou a todas essas situações. Porém, você tem razão em assinalar que devemos ser prudentes e conscientes do fato de que devemos seguir a diante, ter também outras necessidades. O gueto S/M de São Francisco é um bom exemplo de uma comunidade que fez a experiência do prazer e que constituiu uma identidade em torno deste prazer. Esta guetização, esta identificação, este processo de exclusão produz efeitos de retorno. Eu não ousaria usar a palavra "dialética", mas não está muito longe disso.
- Você escreve que o poder não é somente uma força negativa, mas também uma força produtiva; que o poder está sempre presente; e que onde há poder, há resistência, e que a resistência não é nunca uma posição de exterioridade em relação ao poder. Mas se é assim, como não chegarmos à conclusão de que estamos presos no interior dessa relação e de que não podemos, de uma certa maneira, escapar?
- Na realidade, eu não penso que a palavra "presos" seja a palavra justa. Trata-se de uma luta, mas o que quero dizer quando falo de relações de poder é que estamos, uns em relação aos outros, em uma situação estratégica. Por sermos homossexuais, por exemplo, estamos em luta com o governo e o governo em luta conosco. Quando temos negócios com o governo a luta, é claro, não é simétrica, a situação de poder não é a mesma, mas participamos ao mesmo tempo dessa luta. Basta que qualquer um de nós se eleve sobre o outro, e o prolongamento dessa situação pode determinar a conduta a seguir, influenciar a conduta ou a não-conduta de outro. Não somos presos, então. Acontece que estamos sempre de acordo com a situação. O que quero dizer é que temos a possibilidade de mudar a situação, que esta possibilidade existe sempre. Não podemos nos colocar fora da situação, em nenhum lugar estamos livres de toda relação de poder. Eu não quis dizer que somos sempre presos, pelo contrário, que somos sempre livres. Enfim, em poucas palavras, há sempre a possibilidade de mudar as coisas.
- A resistência está, então, no interior dessa dinâmica da qual se pode retirá-la?
- Sim. Veja que se não há resistência, não há relações de poder. Porque tudo seria simplesmente uma questão de obediência. A partir do momento que o indivíduo está em uma situação de não fazer o que quer, ele deve utilizar as relações de poder. A resistência vem em primeiro lugar, e ela permanece superior a todas as forças do processo, seu efeito obriga a mudarem as relações de poder. Eu penso que o termo "resistência" é a palavra mais importante, a palavra-chave dessa dinâmica.
- Politicamente falando, o elemento mais importante pode ser, quando se examina o poder, o fato de que, segundo certas concepções anteriores, "resistir" significa simplesmente dizer não. É somente em termo de negação que se tem conceitualizado a resistência. Tal como você a compreende, entretanto, a resistência não é unicamente uma negação. Ela é um processo de criação. Criar e recriar, transformar a situação, participar ativamente do processo, isso é resistir.
- Sim, assim eu definiria as coisas. Dizer não constitui a forma mínima de resistência. Mas, naturalmente, em alguns momentos é muito importante. É preciso dizer não e fazer deste não uma forma decisiva de resistência.
- Isso suscita a questão de saber de qual maneira, e em qual medida, um sujeito - ou uma subjetividade - dominado pode criar seu próprio discurso. Na análise tradicional do poder, o elemento onipresente sobre o qual se funda a análise é o discurso dominante, as reações a este discurso ou, no interior desse discurso, apenas os elementos subsidiários. Entretanto, se por "resistência" no seio das relações de poder entendemos mais que uma simples negação, não se pode dizer que certas praticas - o S/M lesbiano, por exemplo - são de fato a maneira na qual sujeitos dominados formulam sua própria linguagem?
- De fato. Eu penso que a resistência é um elemento das relações estratégicas nas quais se constitui o poder. A resistência se apóia, na realidade, sobre a situação à qual combate. No movimento homossexual, por exemplo, a definição médica de homossexualidade constituiu-se em um instrumento muito importante para combater a opressão da qual era vítima a homossexualidade no fim do século XIX e início do XX. Esta medicalização, que foi um meio de opressão, tem sido também um instrumento de resistência, já que as pessoas podem dizer: "se somos doentes, então por que nos condenam, nos menosprezam?", etc. É claro que este discurso nos parece hoje bastante ingênuo, mas para a época ele foi muito importante.
Eu diria também, no que diz respeito ao movimento lesbiano, em minha perspectiva, que o fato de que as mulheres tenham sido por séculos e séculos isoladas na sociedade, frustradas, desprezadas de várias maneiras lhes proporcionou uma possibilidade real de constituir uma sociedade, de criar um certo tipo de relação social entre elas, fora de um mundo dominado pelos homens. O livro de Lillian Faderman, Surpassing the Love of Men2, é, a este respeito, muito interessante. Ele levanta uma questão: Que tipo de experiência emocional, que tipo de relações podem ser estabelecidas num mundo onde as mulheres não têm poder social, legal ou político? E Faderman afirma que as mulheres utilizaram esse isolamento e essa ausência de poder.
- Se a resistência é o processo que consiste em liberar-se das práticas discursivas, parece que o S/M lesbiano seja uma das práticas que, a uma primeira vista, pode-se declarar mais legitimamente praticas de resistência. Em que medida essas práticas e essas identidades podem ser percebidas como uma contestação ao discurso dominante?
- O que me parece interessante, no que diz respeito ao S/M lesbiano é que ele permite se liberar de um certo número de estereótipos da feminilidade que são utilizados no movimento lesbiano - uma estratégia que o movimento lesbiano elaborou no passado. Essa estratégia se funda sobre a opressão de que foram vítimas as lésbicas, e o movimento a utilizou para lutar contra essa opressão. Mas é possível que hoje essas ferramentas, essas armas estejas ultrapassadas. É claro que o S/M lesbiano tenta se liberar de todos os velhos estereótipos da feminilidade, das atitudes de rejeição dos homens, etc.
- Em sua opinião, o que se pode aprender a respeito do poder - e além do mais também, o prazer - com a prática do S/M que é no fundo uma erotização explicita do poder?
- Pode-se dizer que o S/M é a erotização do poder, a erotização das relações estratégicas. O que me choca no S/M é a maneira como ele se difere do poder social. O poder se caracteriza pelo fato de que ele constitui uma relação estratégica que se estabeleceu nas instituições. No seio das relações de poder, a mobilidade é então limitada, e certas fortalezas são muito difíceis de derrubar por terem sido institucionalizadas, porque sua influência é sensível no curso da justiça, nos códigos. Isso significa que as relações estratégicas entre os indivíduos se caracterizam pela rigidez.
Dessa maneira, o jogo do S/M é muito interessante porque, enquanto relação estratégica, é sempre fluida. Há papeis, é claro, mas qualquer um sabe bem que esses papéis podem ser invertidos. Às vezes, quando o jogo começa, um é o mestre e, no fim, este que é escravo pode tornar-se mestre. Ou mesmo quando os papéis são estáveis, os protagonistas sabem muito bem que isso se trata de um jogo: ou as regras são transgredidas ou há um acordo, explícito ou tácito, que define certas fronteiras. Este jogo é muito interessante enquanto fonte de prazer físico. Mas eu não diria que ele reproduz, no interior da relação erótica, a estrutura do poder. É uma encenação de estruturas do poder em um jogo estratégico, capaz de procurar um prazer sexual ou físico.
- Em que esse jogo estratégico é diferente na sexualidade e nas relações de poder?
- A prática do S/M se abre a criação do prazer e existe uma identidade entre o que acontece e essa criação. É a razão pela qual o S/M é verdadeiramente uma sub-cultura. É um processo de invenção. O S/M é a utilização de uma relação estratégica como fonte de prazer (de prazer físico). Esta não é a primeira vez que as pessoas utilizam as relações estratégicas como fonte de prazer. Havia, na Idade Média, por exemplo, a tradição do amor cortesão, com o trovador, a maneira que se instaura as relações amorosas entre uma dama e seu amante, etc. Tratava-se, também, de um jogo estratégico. Este jogo é retomado, hoje, entre os garotos e garotas que vão dançar sábado à noite. Eles colocam em cena relações estratégicas. O interessante é que, na vida heterossexual, essas relações estratégicas precedem o sexo. Elas existem seguindo a finalidade de obter o sexo. No S/M, por outro lado, essas relações estratégicas fazem parte do sexo, como uma convenção de prazer no interior de uma relação particular.
Em um dos casos, as relações estratégicas são puramente sociais e é o ser social que é objetivado; enquanto que no outro caso, o corpo é implicado. E é essa transferência de relações estratégicas que passam do ritual da corte ao plano sexual, o que é particularmente interessante.
- Em uma entrevista concedida há um ou dois anos à revista Gay Pied3, você dizia que o que mais perturbava às pessoas nas relações homossexuais não é tanto o ato sexual em si, mas a perspectiva de ver as relações afetivas se desenvolverem fora dos quadros normativos. Os lugares e as amizades que se atam são imprevisíveis. Você acha que é esse potencial desconhecido que as relações homossexuais portam, ou você diria que essas relações são percebidas como uma ameaça direta em oposição às instituições sociais?
- Se há uma coisa que me interessa hoje é o problema da amizade. No decorrer dos séculos que se seguiram à Antiguidade, a amizade se constituiu em uma relação social muito importante: uma relação social no interior da qual os indivíduos dispõem de uma certa liberdade, de uma certa forma de escolha (limitada, claramente), que lhes permitia também viver relações afetivas muito intensas. A amizade tinha também implicações econômicas e sociais - o indivíduo devia auxiliar seus amigos, etc. Eu penso que, no séc. XVI e no séc. XVII, viu-se desaparecer esse tipo de amizade, no meio da sociedade masculina. E a amizade começa a tornar-se outra coisa. A partir do séc. XVI, encontram-se textos que criticam explicitamente a amizade, que é considerada como algo perigoso.
O exército, a burocracia, a administração, as universidades, as escolas, etc. - no sentido que se tem essas palavras nos dias de hoje - não podiam funcionar diante de amizades tão intensas. Podemos ver em instituições um esforço considerável por diminuir ou minimizar as relações afetivas. Neste caso, em particular, nas escolas. Quando se inauguraram as escolas secundárias que acolheram alguns jovens rapazes, um dos problemas foi o de saber como se podia não somente impedir as relações sexuais, claramente, mas também em impedir as amizades. Sobre o tema da amizade, pode-se estudar, por exemplo, a estratégias das instituições jesuítas - eles estavam cientes da impossibilidade de supressão da amizade, eles tentaram então utilizar o papel que tinha o sexo, o amor, a amizade e de limitá-los. Deveríamos agora, depois de estudar a história da sexualidade, tentar compreender a história da amizade, ou das amizades. É uma história extremamente interessante.
E uma de minhas hipóteses - estou certo de que ela se verificaria se nos colocássemos esta tarefa - é que a homossexualidade (pelo que eu entendo a existência de relações sexuais entre os homens), torna-se um problema a partir do séc. XVIII. A vemos tornar-se um problema com a polícia, com o sistema jurídico. Penso que se ela tornou-se um problema, um problema social, nessa época, é porque a amizade desapareceu. Enquanto a amizade representou algo importante, enquanto ela era socialmente aceita, não era observado que os homens mantivessem entre eles relações sexuais. Não se poderia simplesmente dizer que eles não as tinham, mas que elas não tinham importância. Isso não tinha nenhuma implicação social, as coisas eram culturalmente aceitas. Que eles fizessem amor ou que eles se abraçassem não tinha a menor importância. Absolutamente nenhuma. Uma vez desaparecida a amizade enquanto relação culturalmente aceita, a questão é colocada: "o que fazem, então, dois homens juntos?" E neste momento o problema apareceu. Em nossos dias, quando os homens fazem amor ou têm relações sexuais, isso é percebido como um problema. Estou seguro de ter razão: a desaparição da amizade enquanto relação social e o fato da homossexualidade ser declarada como problema social, político e médico fazem parte do mesmo processo.
- Se o que importa hoje é explorar as novas possibilidades da amizade, é preciso frisar que em um sentido largo, todas as instituições sociais são feitas para favorecer as amizades e as estruturas heterossexuais, com o menosprezo às amizades e estruturas homossexuais. O verdadeiro trabalho não é instaurar novas relações sociais, novos modelos de valores, novas estruturas familiares etc.? Todas as estruturas e as instituições que caminham juntas com a monogamia e com a família tradicional são uma das coisas que os homossexuais não tem facilmente acesso. Que tipo de instituições devemos começar a instaurar com a finalidade não somente de defender-nos, mas também de criar novas formas sociais que constituirão uma solução efetiva?
- Quais instituições? Não tenho uma idéia precisa. Claramente, penso que seja totalmente contraditório aplicar para esse fim e esse tipo de amizade o modelo da vida familiar ou as instituições que caminham junto com a família. Mas é verdade que, em função de algumas relações que existem na sociedade são formas protegidas de vida familiar, se constata que algumas variantes não são protegidas, são ao mesmo tempo, mais ricas, mais interessantes e mais criativas do que essas relações. Mas, naturalmente, elas são também bem mais frágeis e vulneráveis. A questão de saber quais tipos de instituições devemos criar é uma questão capital, mas eu não posso trazer a resposta. Nosso trabalho, penso eu, é tentar elaborar uma solução.
- Em que medida queremos ou temos necessidade de que o projeto de liberação dos homossexuais seja um projeto que, longe de se contentar em propor um percurso, pretenda abrir novos caminhos? Dito de outra forma, sua concepção de política sexual recusa a necessidade de um programa a ser seguido, em função preconizar a experimentação de novos tipos de relação?
- Penso que uma das grandes constatações que temos feito desde a Primeira Guerra é essa do fracasso de todos os programas sociais e políticos. Percebemos que as coisas não se produzem nunca como os programas políticos querem descrever; e que os programas tem sempre, ou quase sempre, conduzido seja a abusos, seja a uma dominação política por parte de um grupo, quer sejam técnicos, burocratas ou outros. Mas uma das realizações dos anos sessenta e setenta - que considero como realizações benéficas - é que certos modelos institucionais têm sido experimentados sem programas. Sem programa não quer dizer cegamente - enquanto cegueira de pensamento. Na França, por exemplo, nos últimos tempos, se tem criticado bastante o fato de que os diferentes movimentos políticos em favor da liberdade sexual, das prisões, da ecologia, etc., não tenham programa. Mas, penso, não ter programa pode ser ao mesmo tempo, muito útil, muito original e muito criativo, se isso não quer dizer não ter reflexão real sobre o que acontece ou não se preocupar com o que é impossível.
Desde o século XIX, as grandes instituições políticas e os grandes partidos políticos confiscaram o processo de criação política, quero dizer com isso que eles têm tentado dar à criação política a forma de um programa político, com a finalidade de se apoderar do poder. Penso que é necessário preservar o que se produziu nos anos sessenta e no início dos anos setenta. Uma das coisas que é preciso preservar, creio, é a existência, fora dos grandes partidos políticos, e fora do programa normal ou comum, uma certa forma de inovação política, de criação política e de experimentação política. É um fato que a vida cotidiana das pessoas tem mudado entre o início dos anos sessenta e agora; minha própria vida é testemunho disso. Evidentemente, não devemos essas mudanças aos partidos políticos, mas aos numerosos movimentos. Esses movimentos têm verdadeiramente transformado nossas vidas, nossa mentalidade e nossas atitudes, assim como as atitudes e a mentalidade de outras pessoas - as pessoas que não pertencem a esses movimentos. E isso é algo de muito importante e muito positivo. Eu repito, não são essas velhas organizações políticas tradicionais e normais que permitem esse exame.
_______________________
1 Rubin, Gayle. “The Leather Menace: Comments on Politics and S/M”, in Samois (ed.), Coming to Power. Writings and Graphics on Lesbian S/M., Berkeley, 1981, p. 195.
2 Faderman, L. Surpassing the Love of Men. New York, William Morrow, 1981.
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sábado, 7 de novembro de 2009

CASO UNIBAN - OPINIÃO


Caso  Uniban
Estudante universitária expulsa da Universidade por usar mini-saia . Aconteceu no mês de outubro de 2009.
Atire a primeira  pedra quem não tiver pecado.  Frase  famosa  essa ,não ? Más a hipocresia desses universitários , isto é, caiu a   máscara de  todos  que  chamaram a  moça  de  puta, pois  esses  mesmos que  agrediram verbalmente essa  moça, são  os  mesmos  que fazem orgias nas  suas  repúblicas ?, fumam maconha e transam com prostitutas ?, pois também existem prostitutas  que  estudam em Universidades  e os  mesmos também não sabem ? Coitados, "silêncio dos inocentes",e essas moças  que "jogaram pedra" verbalmente, serão tão morais quanto ela ? e eses  moralistas que defendem a liberação da maconha, isto é, esses  mesmos  estudantes que  agrediram  a moça, são tão  "Santos " quanto ?
Então,  a Uniban terá que  expulsar aos borbolhões muitos acadêmicos, principalmente  mulheres, pois  a  moda  que  eu  vejo  hoje está  igual  do que  a  moça   da  mini-saia estava  vestindo; com  suas  calças  apartadas e, também calças  que  aparecem suas  roupas  de  baixo, então  essas  calças  pode ?
Más , o  que  mais  me  deixou indignado  foi  com o gênero  masculino, pois  acho  que  gostariam  de  ter essa “ amiga “  em  casa, não é ? será ?
Caiu a  máscara da  hipocresia, não está  mais  escondida,  agora ela teve  sua  liberdade, demorou !
Temos  o  direito de  invadir a singularidade de alguém ?
Acho que  depois dessa a Uniban terá que  mudar seu  estatuto e, colocar mais um parágrafo, assim : proibido usar mini-saia , principalmente de  cor  vermelha !

FILÓSOFO PREFERIDO


Filósofo Existencialista, nasceu  em Paris em 21 de junho de 1905, morreu em Paris no  dia 15 de abril de 1980( JEAN-PAUL SARTRE).
FRASES DE  SARTRE : "O HOMEM DEVE CRIAR A SUA PRÓPIA ESSÊNCIA; É JOGANDO-SE NO  MUNDO, LUTANDO, QUE AOS POUCOS SE DEFINE....A ANGÚSTIA, LONGE DE OFERECER OBSTÁCULOS À AÇÃO, É A PRÓPIA CONDIÇÃO DELA...O HOMEM SÓ PODE AGIR SE COMPREENDER QUE  CONTA EXCLUSIVAMENTE CONSIGO MESMO, QUE ESTÁ SOZINHO E ABANDONADO NO MUNDO, NO MEIO DE RESPONSABILIDADES INFINITAS, SEM AUXÍLIO NEM SOCORRO, SEM OUTRO OBJETIVO ALÉM DO QUE DER A SI PRÓPIO, SEM OUTRO DESTINO ALÉM DE FORJAR PARA SI MESMO AQUI NA TERRA ". "A EXISTÊNCIA PRECEDE A ESSÊNCIA". " ORA, É PRECISO QUE ALGUÉM "INVENTE VALORES ". a VIDA EM SI NÃO É NADA : CABE DAR-LHE UM SENTIDO, E O VALOR NÃO É SENÃO QUE O SENTIDO ESCOLHIDO. "

PENSO, LOGO EXISTO


René Descartes (1596-1650), filósofo, físico e matemático francês, filosofia  moderna. Descates  diz : “ PENSO, LOGO EXISTO”.
Esta frase faz pensar que: se não  penso, logo  não  existo ?
Más  o  que  faz  eu  pensar, é  o  meu cérebro ? o  meu pensamento ? a  minha  alma ?
E você o que pensa  sobre esse argumento de  Descartes ?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Felicidade-Frases de Filósofos


" A sabedoria não é outra coisa se não a felicidade>"
Filósofo: (Denis Diderot)

" Aprendia buscar a felicidade limitando os meus desejos, ao invés de satisfazê los."
Filósofo: (Stuart Mill)

" O essêncial para a nossa felicidade é a nossa condição íntima, e desta somos nós os senhores."
Filósofo: (Epícuro)

"Ser feliz é estar em perfeita harmonia com a constituição do Universo. A felicidade é a suprema auto-realixzação do ser."
Filósofo: (Humberto Rohden)

" A felicidade consiste em fazer o bem."
Filósofo: (Aristóles)

" A espécie de felicidade de que preciso não é tanto fazer o que quero, mas não fazer o que não quero."
Filósofo: (Rousseau)

" A felicidade do corpo consiste na saúde, e a do espírito, na sabedoria."
Filósofo: (Tales de Mileto)

" Quem faz o homem feliz não é o dinheiro e sim a retidão da prudência."
Filósofo: (Demócrito)

" Tudo aquilo que diz respeito à alma quando submetido a razão, conduz à felicidade."
Filósofo: (Sócrates)

" O que hoje é um paradoxo para nós, será uma verdade demonstrada para a posteridade."
Filósofo: (Denis Diderot)

" A felicidade não é recompensa da virtude mas a própria virtude."
Filósofo: (Spindola)

" Viver para os outros é não somente a lei do dever como da felicidade."
Filósofo: (Auguste Comite)

" O prazer dos grandes homens consiste em poder tornar os outros mais felizes."
Filósofo: (Pascal)






Nietzsche felicidade

Não é a força mas a constância dos bons resultados que conduz os homens à felicidade.
Friedrich Nietzsche

 A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.
Friedrich Nietzsche

Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.
Friedrich Nietzsche

Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.
Friedrich Nietzsche

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.
Friedrich Nietzsche

Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.
Friedrich Nietzsche

Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.
Friedrich Nietzsche

As mulheres podem tornar-se facilmente amigas de um homem; mas, para manter essa amizade, torna-se indispensável o concurso de uma pequena antipatia física.
Friedrich Nietzsche

Torna-te aquilo que és.
Friedrich Nietzsche

Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem.
Friedrich Nietzsche

As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras
Friedrich Nietzsche

Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.
Friedrich Nietzsche

O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.
Friedrich Nietzsche

O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso.
Friedrich Nietzsche

É mais fácil lidar com uma má consciência do que com uma má reputação.
Friedrich Nietzsche

Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.
Friedrich Nietzsche

A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.
Friedrich Nietzsche

É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela.
Friedrich Nietzsche

Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo.
Friedrich Nietzsche

Sem a música, a vida seria um erro.
Friedrich Nietzsche

domingo, 18 de outubro de 2009

sábado, 17 de outubro de 2009

CONCEPÇÃO DE MUNDO


É um texto  muito interessante, bom para refletir o que Robert Happé diz ! Recebi este  texto de  uma  amiga!
Robert Happé:

 “Quando você pergunta sobre a razão de vivermos aqui nesse planeta, e o que estamos fazendo, e por que tanto caos, eu devo dizer que a Vida é uma jornada para descobrir quem você é. Quando você chega naquela encruzilhada e que descobre quem você é, então você chega à Paz. Uma vez que você esteja em paz, você pode criar de acordo com sua consciência criativa. Isso tem sido muito difícil. Nós temos tentado por milhares e milhares de anos criar um mundo que seja próspero, onde reconhecemos uns aos outros como divinos e iguais, e compartilhamos, e cooperamos. Mas, nunca fomos capazes de fazer isso. E por que? Eu tenho me feito essa pergunta. Por que essas diversas culturas são tão extremamente diferentes? E então, quando você as estuda, e eu estudei bastante, viajei pelo mundo inteiro, vivi em países completamente diferentes, especialmente no Extremo Oriente e na Europa, e também aqui na América do Sul… Eu percebi que todas as pessoas são iguais, todas elas querem amar e ser amadas. Mas, isso não é o que está acontecendo. Apesar de todos nós querermos ser amados, de alguma forma é difícil para as pessoas amarem umas as outras, e serem honestas umas com as outras, e trocar coisas de uma forma honesta. As pessoas organizaram nosso sistema de tal maneira que todos querem ter lucro. E muito lucro. O máximo possível. É um tipo de doença.

Dois mil anos atrás, um grande Homem chamado Jesus, quando expulsou os cambistas para fora do Templo, disse: “Estes são o pior dos piores. Nunca deixem eles entrarem novamente, porque eles vão destruir o mundo”. E nós deixamos que eles entrassem de novo. E então, temos aqui, todos esses banqueiros e agora tudo é sobre a economia, todo mundo tem de lucrar, e todo mundo está correndo de um lado para outro, passando doze horas por dia no trabalho, todo dia, para pagar as contas, esperando que tenham trabalho suficiente para fazer isso. O mundo ficou louco. E ninguém respeita mais ninguém. Mas, todo mundo usa todo mundo para conseguir o dinheiro necessário para pagar quaisquer contas que tenha que pagar.

A situação ficou triste. O Amor foi totalmente esquecido. E isso é por causa do nosso sistema. Nosso sistema agora passou do dogma religioso para o dogma econômico, em que todos têm que pagar um pouco mais para aqueles que controlam a economia. E isso vai piorar, você pode ver guerras acontecendo. Os governos não reconhecem a luz ou o amor de ninguém, e matam milhares e milhares de pessoas apenas para colocar suas mãos nos recursos de outros países. E a humanidade não parece fazer objeção. Eles sabem que isso é errado, mas não sabem como se expressar, porque – para quem vai reclamar?

Nós chegamos agora em um período de nossa evolução em que as pessoas começam a ficar conscientes do que precisa ser mudado na nossa consciência, para que tenhamos um mundo melhor. E a solução não é remover pessoas de posições de poder, não! É mostrar uma nova face, mostrar uma face mais amorosa, não de medo, mas de amor, e esse é todo o objetivo de nosso aprendizado.

Quando você vem para o Planeta Terra, quando você encarna aqui, vem de um mundo que está unido, cheio de amor, e deste mundo você vai para um mundo inferior que é o nosso mundo tridimensional, que é um mundo de dualidade. Então, o que costuma ser Um, é separado em positivo e negativo, masculino e feminino… E esses dois precisam se unir. Mas, nós nunca aprendemos isso. Nunca aprendemos nas nossas religiões que o masculino e o feminino precisam se unir para ficarem conscientes. Na verdade, nos deixaram com medo e disseram: “Não, o Divino, o Deus, está lá fora, e você precisa adorá-lo e precisa ter esperança que ele o abençoará”. Esse é um ensinamento falso! Deus não está somente fora, essa é apenas a metade da verdade. Deus está, também, dentro de nós! Somos todos seres divinos!

Mas, o problema com o nosso aprendizado é que precisamos entender que a natureza animal e a natureza divina , que estão separadas, precisam ser unidas. Então, é o animal em nós que é medroso, que está sempre lutando para conseguir mais. E é o divino em nós que é capaz de cooperar e ser amoroso! O trabalho para cada ser humano é unir essas duas energias dentro de nós! A parte masculina que é a mente, e a parte feminina que é o coração, estes dois precisam funcionar em harmonia. (Uma frase de Pitágoras para ilustrar e meditar: “A Harmonia se dá pela atração das forças dos opostos”). A intuição que é a energia do amor e compreensão, está guiando a mente para fazer a coisa certa. Se acreditássemos em nós mesmos, imediatamente diríamos a coisa certa. Mas, não acreditamos em nós mesmos, acreditamos em Deus em algum lugar lá fora, que Deus fará isso por nós, ou que Ele nos abençoará. Mas, Deus não vai fazer nada disso, porque Ele já está dentro de você.

Estamos agora realmente no ponto em que precisamos tomar novas decisões. Temos que perdoar o passado, não vamos acusar ninguém. Mas, precisamos respirar profundamente e dizer: “Como quero viver minha vida? Quero viver com o medo que é projetado em mim por todos os líderes do mundo inteiro, que estão nos manipulando e controlando? Ou vou ignorar isso, e apenas fazer o que meu coração sente que é a coisa certa para se fazer?”. Então, você verá que será amigável com todo mundo. Um sorriso é como uma ondulação. Quando você vê alguém sorrir, você se sente elevado. Isso é um “serviço”! E é assim que nosso sistema deveria ser – orientado ao servir – onde você serve os outros com a informação certa, para que as pessoas se tornem quem elas devem ser.

Todos nós estamos aprendendo, todo ser humano que está em encarnação, não importa em qual cultura você encarna, todos estamos aqui para aprender as “lições da integração” – quando você aprende a unir o oposto com você mesmo, você é Luz, e a Luz atrai experiência, que são suas experiências diárias, e isso é que você precisa amar! Se você não pode amar, porque tem todo o tipo de opiniões sobre outras pessoas ou certas situações, não vai amá-las – porque estão tão cheios de opiniões, que estão sempre julgando, sempre apontando o dedo, esquecendo-se que há sempre outros três dedos apontando para você. Mas, as pessoas não enxergam isso, vêem apenas o único dedo apontando para a frente.

O jogo não é mais julgar, o jogo é amar! O jogo é não ter medo, mas acreditar em si mesmo! E como você mesmo, expressar sua luz, e expressar seu amor! Essa é a experiência humana! Se você não pode fazer isso, você não é humano, é mais animal, você está lutando pela existência! Você está sempre atacando todos à sua volta, porque está com muito medo. Olhe para nossos líderes e veja como eles atacam outros países, porque estão com tanto medo… E não há nada para se temer. Se você amasse as pessoas, elas o amariam de volta. É simples assim. Não é assim tão complicada a vida…

Mas, de alguma maneira, há uma força que conhecemos por “Força das Sombras” (Sistema Infernal), que aparenta ser tão forte, que as pessoas não acreditam em si mesmas. Mas, acreditam na “força das sombras” e servem à “sombra”… E vão, e lucram em cima de todo mundo, e funcionam como “parasitas” neste Planeta. A grande maioria se tornou parasita, não que elas queiram ser parasitas, elas realmente querem ser amadas. Mas, não há outro caminho, com todo mundo é igual. Então, precisamos agora que as pessoas sejam diferentes. Que acreditem em si mesmas, e expressem seu amor, sejam felizes e se unam com todos. Esse é o “despertar final”!

Outra questão é:- “Quem está despertando neste Planeta?” – Os jovens, esses já chegaram lá, eles já sabem que o sistema é uma coisa muito ruim, que há algo muito errado com o sistema, e tentam se afastar dele. Mas, um dia, eles têm que pagar contas. E têm que fazer parte desse sistema, e se tornam tão gananciosos e negativos quanto o resto da humanidade… Ou eles são 90% do dia negativos e 10% agradáveis, talvez uma hora antes de irem para a cama, mas isso não é bom o bastante…

O que é bom o bastante é que estejamos todo o tempo alertas e estimulando uns aos outros a fazer a coisa certa! Não julgando, mas mostrando o caminho… Você pode estar, simplesmente, mostrando o caminho! Muitas pessoas simples, que trabalham em hospitais e até em prisões, são muito amorosas porque muitos sofrem tanto, que elas trabalham de manhã até a noite “porque amam servir”. E elas serão recompensadas.

A maioria das pessoas não entende o karma. A maioria não percebe, por causa dos dogmas, que a vida é infinita, não há fim para ela. Nós já tivemos infinitamente antes e agora estamos aqui aprendendo as “lições de integração”. Precisamos aprender a criar uma situação, na qual as situações negativas e as positivas se unam. Não o positivo em preferência ao negativo, não! Porque assim você cria separação! Você tem que uni-las, como um homem (positivo) e uma mulher (negativo). Estes pólos precisam ser unidos para que tenha uma grande luz”.



“E isso que é a consciência, se você tem um pólo positivo e negativo de eletricidade, e os coloca juntos, a luz se acende. O mesmo acontece com sua consciência. Mas, para isso, você precisa se casar. Então, todos os seres humanos precisam passar pela experiência do casamento, em que você atrai o sexo oposto e aprende a unir-se com ele. Os dois são diferentes. A mulher é diferente, o homem é diferente da mulher. Eles têm funções diferentes. A mulher tem intuição, ela é mais o mundo interior. O homem é mais do mundo exterior e quer criar no mundo exterior. A mulher com sua intuição, poderia inspirar o homem a criar as coisas mais maravilhosas. Mas, o homem não acredita na mulher. A mulher é vista como cidadão de segunda classe e não tem os mesmos direitos que o homem, o que é uma ignorância total. Porque é a mulher que tem acesso à intuição, que é o acesso a Deus, é o acesso do Amor dentro do coração.

Então, nós precisamos aprender isso e é por isso que estamos aqui. E se nos casarmos com o sexo oposto, precisamos aprender a dançar em harmonia e nos tornar como uma só pessoa. Quando você se torna uma só pessoa, você automaticamente se torna tão consciente sobre suas possibilidades como criador, que vocês dois começam a criar as coisas mais maravilhosas do mundo, para que outras pessoas também possam fazer o mesmo, porque somos todos o mesmo, todos temos que estimular cada um a ser igualmente conhecedor, e capaz, e criativo quanto todos os outros. Não um tentando controlar os outros, não! Iguais! Aqueles que estão mais elevados na consciência, vão ganhar o respeito de todos, É uma questão de respeito, não uma questão de controle.

Estamos, agora, naquele ponto em que alcançaremos a habilidade de abraçar esses conceitos, em que podemos realmente entendê-los, agora precisamos fazer. A vida é tão simples, não é uma coisa difícil e filosófica que você precisa aprender todo dia, não! Você só precisa vivê-la! Você precisa viver sua vida sabendo quem você é, sabendo que você precisa se integrar com o oposto, e confiar no oposto. O maior presente que você pode dar a seus amigos, ou ao parceiro, é o presente da confiança. Você confia que eles sejam divinos e confia que eles vão fazer a coisa certa. E se você confiar, eles vão confiar, mesmo que eles não quisessem fazê-lo antes. Mas, como você confiou tanto, eles vão confiar assim mesmo. Isso é criação! Isso é segurança! Agora, você se sente seguro consigo mesmo, porque sabe que pode transmitir o conhecimento que tem para os outros, apenas sendo honesto. Não honesto com os outros, mas honesto com o Amor!

A Honestidade também é mal entendida. Na verdade, tudo é mal entendido neste planeta. E agora, o jogo é entender! Nós cometemos tantos erros, e é bom que tenhamos cometido todos esses erros, porque você nunca vai conhecer a verdade a não ser que tenha estudado tudo aquilo que não é verdade. E agora, podemos ver que temos sido mal orientados pelas nossas organizações religiosas. Quase todas as organizações religiosas entenderam a coisa pelo avesso. Porque a religião não está aí para ajudar, amar e guiar as pessoas para a coisa certa. Mas, a religião é criada para controlar!

Eles criam um dogma com muitas regras e se você contraria as regras, você contrariou a Deus, de acordo com as histórias deles. Mas, Deus não fica contrariado com isso, Deus não fica contrariado com você se você comete um erro. Deus fica contrariado se você matar pessoas, isso é uma coisa ruim. E eles estão preparados para matar porque você quebrou uma regra. Isso está errado! Se você for honesto, você sabe que está errado!

Então, temos que nos tornar mais confiantes com nosso próprio nível de discernimento e acreditar mais em nós mesmos. Assim, começamos a viver com mais honra e com mais respeito uns pelos outros.

Chegou a hora de parar de ler os jornais, parar de ouvir aqueles líderes que estão totalmente confusos e se expressam com tamanha violência… Estes não são os líderes, estes são os falsos líderes! Os verdadeiros líderes sempre vão direcioná-lo para você mesmo, sempre vão direcioná-lo para criar Paz! A Paz não é algo que demore anos e anos de negociação… A Paz pode acontecer agora mesmo, simplesmente ao tomarmos a decisão de que queremos Paz!

É claro que todo ser humano é seu irmão e sua irmã… Esqueça as culturas, esqueça as religiões. Lembre-se de que somos humanos, somos todos humanos… E o jogo real é dominar o animal dentro de você. O animal ainda não aprendeu a se unir com seu aspecto divino, o animal ainda está cheio de medo! E você como ser humano, e eu, e todo mundo, nós temos cada um para si mesmo, temos que decidir conquistar o animal, para que o animal não se expresse mais com seus medos, mas para que o divino se expresse com amor e atitudes cooperativas. Assim, teremos o nosso mundo!

O novo mundo não é um presente que chega para nós, o novo mundo é o que você merece por causa das suas ações e suas expressões! Estamos muito perto disso agora, muito perto!

Nos últimos 10-20 anos, as crianças estão vindo para encarnação, são todas almas altamente evoluídas que entenderiam esses conceitos muito facilmente. Mas, elas ainda estão lutando com os dogmas que foram projetados sobre elas, pelos seus pais e seus líderes religiosos, e não sabem bem o que fazer, e se sentem confusas.

E a educação é abominável, eles não lhe ensinam nada sobre você mesmo. Eles lhe ensinam bastante sobre matemática, elas demoram anos e anos para aprender matemática, e quando chegam ao mundo, nunca usam o que aprenderam.

Por que eles não nos ensinaram sobre “quem somos nós”? E o que podemos fazer? E que somos Amor e somos Luz? E que estamos representando as boas energias, as energias de Deus? – É isso que somos, estamos representando essa energia de Deus!

Mas, não estamos fazendo isso! O que estamos representando, o que as massas estão representando, são as energias do medo! Todo mundo está com medo e ninguém ousa falar. Isso precisa ser discutido, nós precisamos falar sobre isso! A educação é responsável por informar crianças muito pequenas, sobre quem elas são e o que elas vieram fazer – que elas vieram ajudar no processo da unificação, na integração com os outros, com amizade, com qualidades do ser divino, que são na verdade, a habilidade de cooperar.

As crianças entendem isso imediatamente, porque elas já são assim. Mas, se você é programado nas escolas e universidades que temos, ficamos tão treinados no modo racional, e a intuição é tão completamente rejeitada, que nos tornamos muito racionais – e o racional não tem acesso ao coração, ele tem medo! E está sempre competindo! E sempre quer lucro! E nunca sabe como compartilhar Amor!

É isto que precisamos discutir todo dia! Todo ser humano precisa refletir de novo sobre si mesmo e dizer: “Por que não estou em Paz? Por que estou tendo tantos medos? E por que sou tão negativo nos meus relacionamentos com meus amigos, com minha família, etc.? Por que não posso ser mais amigável? Por que não posso permitir mais aos outros serem do jeito que eles querem ser?”

Não importa se você quer ser mulçumano ou budista, não importa. Algumas pessoas gostam de café, outras gostam de chá, algumas gostam de leite e outras só bebem água… É uma escolha e você apenas permite que ela aconteça. Todos podem ser livres. Mas, vamos compartilhar os ensinamentos de quem somos nós, e o que podemos fazer, e de que somos criadores e responsáveis pelo que fazemos, e pelo modo como nos expressamos… Quando falarmos sobre essas coisas, num curto período de tempo, todo mundo se torna muito, muito responsável!  E começa a discernir qual é a melhor forma de viver.

O problema em compartilharmos amor e compaixão, é que você primeiro tem que compartilhar isso com você mesmo. Porque muitas coisas aconteceram na nossa vida e muitos erros foram cometidos, e nós precisamos perdoá-los. Nós precisamos perdoar as injustiças que foram praticadas contra nós. E também você tem que perdoar as maneiras injustas pelas quais você tem se expressado a outras pessoas. Tudo isso aconteceu porque haviam muitos mal-entendidos… Dogmas demais, opiniões demais, e entendimentos de menos! Para limpar sua mente desses ‘inputs’ negativos, desses padrões de pensamentos negativos do passado, você tem apenas que perdoá-los e deixá-los ir embora. É como você encher um balão e o soltar. Você pode fazer isso em meditação. A meditação é uma forma maravilhosa de se conectar com Deus dentro de você, e de se tornar inspirado por essa energia de Deus, para saber como se tornar livre da “sombra”.

A “sombra” são pensamentos negativos que são projetados sobre você e que também você ajuda a criar, porque você não compreende a vida. Agora, você tem q perdoar isso, porque você pode enxergar melhor agora. Quando você pode enxergar melhor, você pode se desfazer do passado, o passado não existe mais.

Quando falamos sobre compaixão, você primeiro precisa fazer a lição de casa. E a lição de casa é escrever todas as coisas do passado com as quais não está feliz. E perdoá-las, deixá-las ir embora… deixá-las ir embora… e conforme você se torna livre dessa maneira, do passado, você se liberta de sua dor, a dor que a alma sente das injustiças…”.



“Há também uma tremenda dor na alma de todos, pelas injustiças que estão acontecendo no nosso Planeta, por causa dos governos e líderes que são totalmente ignorantes. Eles nos colocam em perigo, quase em extermínio! Chegou a hora de nos expressarmos! Toda pessoa, não importa em qual posição você esteja, não importa se você tem uma vida de nível muito inferior, ou uma vida de nível muito superior, ou qualquer coisa entre os extremos, tem que se expressar. Vamos nos unir em querer viver de uma forma em que possamos respeitar uns aos outros e viver em paz com os outros. É possível! A maioria das pessoas quer isso, são os líderes que não querem! Eles preferem controlar, e eles controlam com o medo! É tão óbvio, está em todos os jornais, você pode ver na televisão o tempo todo, medo, medo, medo… Não é a respeito de amor, amor, amor…

Precisamos escolher líderes que sejam de fato para todo mundo, que queiram realmente a Paz! È muito difícil acreditar em um diplomata, porque um diplomata é alguém que nunca pode, realmente, dizer a verdade. É disso que trata a diplomacia – expressar um aspecto da verdade, não toda a verdade! É claro que na diplomacia isso é necessário, porque há tantas opiniões divergentes…

Mas, agora, temos que cortar caminho por tudo isso e dizer: “Vamos lá, vamos parar de brincar! Vamos para a coisa real, e vamos fazer isso agora! Não amanhã, agora!”. Eu tenho certeza que se você compartilhasse isso com todo mundo, se dissesse: “Ei, alguém topa? Vamos fazer as pazes?” – todo mundo faria, todo mundo seria parte disso e apoiaria, especialmente os jovens! Os jovens sofrem tremendamente nas suas almas, quando eles olham em volta e vêem como é difícil viver aqui, como há energias não amorosas por toda a parte…

O tempo de despertar, que é esse período de tempo, é agora! A pergunta é: “Quantos de vocês ou quantas pessoas vão participar?” – Se muitas delas participarem, nós iremos pacificamente para uma “Idade de Ouro”. E o fim da escuridão acontecerá em alguns poucos anos!  Mas, se essa escolha não for feita, então temos que sofrer, e continuar a sofrer com a força das sombras que controlam a religião e o governo.

E a Medicina? A medicina é outra coisa, é terrível! As pessoas não entendem o que “curar” significa… As pessoas não percebem que nosso corpo é tão perfeito, que ele não pode ficar doente… Mas, se você viver com medo na sua mente, e viver tempo suficiente com esse medo, esse medo irá se alimentar de você, e você vai ficar doente. Você pode ter um câncer, ter qualquer tipo de doença, qualquer tipo de fraqueza, porque você acolhe a “sombra” na sua mente. Você não deveria viver com a “sombra”, você deveria viver com o “Amor”! Se há qualquer coisa na sua mente que não seja amorosa, você é responsável. E se nossos líderes contassem isso para a humanidade, e lembrassem à humanidade disso, ela iria imediatamente aceitar, porque faz sentido! Qual é o sentido de se viver com medo? Não há sentido!

Nossa vida poderia ser uma alegria tão grande… Onde quer que você vá -  você está em casa; onde quer que você vá – você está com sua família… Não importa qual cor de pele eles têm, porque todos são os mesmos, todos são amigáveis e amorosos… Eu viajei por todo o Planeta e nunca encontrei nenhum povo que não fosse capaz de amar…

Então, esse tempo chegou agora, e eu espero que nós tenhamos mais programas de televisão, por exemplo – a televisão é um instrumento maravilhosos para falar sobre essas coisas, mas ela é, claro, controlada pela “sombra”. E seria muito difícil colocar alguma coisa como isso que estamos discutindo, na televisão. Porque, se todo mundo se tornar amoroso, ninguém pode mais ser controlado… Então, isso é uma coisa bem difícil…

Mas, os líderes também estão mudando, como a Luz está aumentando, e mesmo o tempo parece estar acelerado… Todos estão, novamente, sendo colocados na frente do espelho e sendo questionados: “De que lado você está? Você está do lado da escuridão e do medo, e conflito, e ganhando dinheiro às custas dos outros? Ou você está do lado do Amor e da Luz, e compartilhando, e cooperando uns com os outros, e servindo uns aos outros com o que você sabe?” – Essa é a escolha! Se você colocar isso claramente para todo mundo, eu tenho certeza que todos, a grande maioria, vai imediatamente dizer: “É claro que somos pela Luz, pelo Amor, pela Cooperação, e pela Paz! Estamos esperando há anos!…”

O que eles não percebem é que tem que se tomar um aspecto ativo e criativo do que eles, de fato, querem nas suas vidas. Precisamos de comunicação mais positiva e precisamos falar dessas coisas o tempo todo, até que todo mundo entenda o seu papel na jornada criativa que estamos fazendo para descobrirmos “quem somos nós”.

Então, outra recomendação:- Como somos criadores, também somos capazes de usar a imaginação. A imaginação é a força, é a ferramenta que temos para poder criar exatamente aquilo que queremos. Na imaginação, você tem que sonhar mais, tem que fechar seus olhos para o mundo e começar a sonhar o que é que você quer, o que é que você gostaria de criar, como você gostaria de ajudar. Então, você visualiza um mundo do seu ideal, onde todos estão em paz, todos estão felizes, e como você irá ajudar nessa felicidade. Essa visualização, esse sonho que você pode colocar na tela da sua mente, é a sua contribuição para a “criação”. E outras pessoas começam a sonhar e captar seu sonho e ele começa a se espalhar. Isso é “comunicação”. Somos seres espirituais, não somos apenas seres físicos. Somos seres espirituais, temporariamente em um corpo físico, aprendendo a criar nossos sonhos. E quando você sonha, não apenas à noite, mas quando você aprende a sonhar enquanto está acordado, é aí que começa a acontecer! Você começa a atrair na sua vida outras pessoas que são igualmente capazes de sonhar sonhos semelhantes. Então, isso começa a se espalhar…

E um “serviço” seria ajudar alguém, ou sorrir para alguém, ou ser capaz de escutar os pássaros, e ouvir o som do amor através do mundo animal. Os animais são nossos companheiros… Infelizmente passamos bastante tempo nos alimentando deles… Mas, na verdade, os animais são nossos companheiros, nós podemos aprender muito com nossos animais… Como foi prometido, quando tivermos aprendido a fazer as pazes uns com os outros, todos os animais chegarão à paz também.
E eu acho que essa é a nossa jornada agora. E é isso que deveria acontecer nesses próximos anos. Eu acho que a mágica vai acontecer. Eu acho que quando todos os jovens erguerem suas vozes, se expressarem, esse mundo vai mudar para um mundo que sempre quisemos ter. Onde todos se sentem seguros, porque todos os outros são seus amigos. Obrigado”.