quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ANO NOVO 2010

ANO NOVO, NOVAS PERSPECTIVAS DE VIDA!!!!!
Novas buscas, novos pensamentos, novos namorados (as), enfim.........
Por que pedir , ou, refletir neste  dia ?
A vida é movimento, isto é,  sempre o novo, quer  dizer  que  as nossas células mudam  todos  os  dias, nossos pensamentos , nossas  buscas, perdas  , ganhos..............
Planejar, objetivar nossa  caminhada existencial é fazer  todos  os   dias!!!!!!!!
Precisamos  realmentre repensar  a  nossa vida  só  no fim do ano ?
Reflita  todos  os  dias!!!!!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

REALIDADE X CONCEITO


CONCEITO E REALIDADE

FONTE : XAMANISMO / CONCEITO E REALIDADE

Quem ou o quê pode garantir que conceito e realidade são absolutamente iguais?


O conceito é uma coisa e a realidade é outra e existe a tendência de superes- timar nossos próprios conceitos.


É interessante como vivemos numa civilização que acredita que rotular é entender. Basta dar um conceito para algo e passamos a lidar com este algo como se o conhecêssemos.


Veja por exemplo o elétron, um dos maiores mistérios da física. É algo complexo, dual, antagônico e paradoxal. Toda vez que vejo alguém questionando algo por ser paradoxal sempre me lembro que uma das estruturas fundamentais da realidade é em si pleno paradoxo. Mas aí se dá o conceito e pronto, usamos o termo elétron como se o compreendêssemos.


Creio que isto é interessante. Rotular, conceituar algo pode nos ajudar, mostra que há algo lá, mas não nos revela, ao contrário, muitas vezes nos afasta da realidade que queremos encontrar.


A um processo psicológico qualquer, corretamente estruturado mediante uma lógica exata, opõe-se outro diferente, rigidamente formado com lógica similar ou superior; e então ?


Duas mentes severamente disciplinadas dentro de férreas estruturas intelectuais, discutindo entre si, polemizando sobre tal ou qual realidade, crêem, cada uma, na exatidão de seu próprio conceito e na falsidade do conceito alheio; mas, qual delas tem a razão?


Interessante como apesar de tudo ainda estamos presos à concepção, eu chamaria de jesuítica, do confronto. Um quer demonstrar que a idéia do outro está errada. Será que vamos sempre limitar toda troca de informações nisso? Em converter? Será que ninguém se aproxima de um debate com uma proposta muito mais ampla e sensata, a meu ver, que é uma troca de informações, uma troca de pontos de vista, considerando que cada um pode permanecer com suas próprias concepções?


Quem poderia, honestamente, inclinar-se por um ou outro dos polemizadores? Como poderíamos, honestamente, garantir um ou outro lado? Em qual deles conceito e realidade são iguais?


Se o conceito é uma elaboração mental creio que o conceito nunca vai ser igual a realidade, ele é sempre uma aproximação, um falar sobre, um indicar algo.


Indiscutivelmente, cada cabeça é um mundo e em todos e em cada um de nós existe uma espécie de dogmatismo pontifício e ditatorial que quer nos fazer crer na igualdade absoluta de conceito e realidade.


Desfazer esse equívoco e perceber que o conceito alude a realidade mas não é a realidade e, mais, não pode ser a realidade, parece uma proposta comum a muitas linhagens.


Tudo que temos é uma descrição da realidade, criada por conjunturas históricas, adequadas a esse tempo e lugar no qual estamos. Cada época tem uma forma de lidar com a realidade.


Abrir-se ao novo é a difícil facilidade do clássico.


Infelizmente, as pessoas querem descobrir, ver em todo fenômeno natural seus próprios dogmas/pré-julgament os, conceitos, preconceitos, opiniões e teorias; ninguém sabe ser receptivo, ver o novo com mente limpa e espontânea.


Creio que aqui há o desejo de continuidade e o medo que todo novo traz consigo pois ameaça o frágil edifício da personalidade que domina as pessoas. Mudar é sempre morrer um pouco e como teme a morte a personalidade que sabe ter seu poder apenas na ilusão da permanência, mantida através da construção de uma falsa continuidade, conceitual, pois na realidade nada há que a apóie. O que é a personalidade, ou ego, em última instância? Um conceito que tenta fazer-se real. Assim nota-se que vai procurar desesperadamente "provar" que o conceito é real, para provar-se a si mesma como existente, quando mais não é que conceito, descrição, resultante inexistente em si.


Que os fenômenos falassem ao sábio seria o indicado. Desafortunadamente, os sábios desses tempos não sabem escutar, não sabem ver os fenômenos, só querem ver nos mesmos a confirmação de todos os seus preconceitos.


Poderíamos mudar o termo sábio aqui, só para garantir um cuidado com os termos, este tempo tem seus sábios, que obviamente percebem a diferença que estamos debatendo, mas estes sábios não estão exatamente no centro das pesquisas científicas nem nas cátedras da filosofia. Estas estão tomadas em grande parte por indivíduos que tem grande intelecto, o que não quer dizer de forma alguma sabedoria e estes se usam da ciência para provar sua própria superioridade, suas certezas e assim não tem a premissa fundamental do cientista: Duvidar sempre e estar pronto a substituir todas suas hipóteses frente a novas evidências.


Ainda que pareça incrível, os cientistas modernos nada sabem sobre os fenômenos naturais.


Eu não diria exatamente assim, creio que sabem muito, mas equivocam-se quando pretendem saber tudo. Sabem de muitas coisas mas não conseguem fazer disso algo associado a suas próprias vidas, continuam gerando essa ciência que se especializou em produzir conforto e armas.

Quando vemos nos fenômenos da natureza exclusivamente nossos próprios conceitos, certamente não estamos vendo os fenômenos, mas os conceitos.


Contudo, os tontos cientistas alucinados por seu fascinante intelecto, crêem, de forma estúpida, que cada um de seus conceitos é absolutamente igual a tal ou qual fenômeno observado, quando a realidade é diferente.


É interessante, nas chamadas leis da natureza, os cientistas realizaram interpretações fenomênicas e declararam que descobriram as leis fundamentais da natureza, e consideram agora que a natureza está presa a estas leis. E negam certas descobertas afirmando: "Isto vai contra as leis da natureza".


Que leis?


Percebem que é a mesma mente que no passado criou as "leis de Deus" e que também perseguia quem ia contra estas "leis divinas" como se a própria divindade tivesse vindo ditar as leis em pessoa, da mesma forma que hoje usam suas observações, ainda tão frágeis, para já determinar os limites da natureza.


Creio que aqui há uma generalização perigosa, todos os cientistas não, uma parte deles sim, uma parte significativa, mas se ler os que estão trabalhando com teorias arrojadas, como a Bootstrap vai notar que eles pensam já de forma bem menos dogmática e justamente estão profundamente cientes que conceito é uma aproximação da realidade , não a realidade em si.


Tão logo a mente observe tal ou qual fenômeno através dos sentidos, apressa-se de imediato a rotulá-lo com tal ou qual termo científico que, indiscutivelmente, só vem a servir como remendo para tapar a própria ignorância.


Creio que a mente mecânica, que é a que o ser humano via de regra usa, não é mesmo capaz de ir além e por isso disfarça seus limites, rotulando, limitando a seus próprios limites, tudo o que não pode compreender em essência. Temos que entrar em outro nível da mente para investigarmos diretamente a natureza e seus mistérios, do contrário ficamos apenas a rotular, sem chegar a lugar nenhum.

PRECISO  REFLETIR  SOBRE  ESTE  ARTIGO!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

FIM DO MUNDO 2012?????


Fonte : xamanismo universal
Artigo : Rui Palmela



É esse o maior perigo e grande problema do século. Já escrevi também um artigo intitulado "E SE O MUNDO ACABASSE AMANHÃ?" perspectivando o que fariam as pessoas se tal fosse verdade. Aqui fica:

E SE O MUNDO ACABASSE AMANHÃ?


Esta pergunta já se fez várias vezes a muita gente que deu variadas respostas, sendo a mais frequente aquela que deixa transparecer sempre uma grande falta de consciência ou de coerência da nossa condição de seres humanos.


Na verdade a maioria das pessoas diz sempre que se o mundo acabasse amanhã faria hoje todo o género de disparates ou satisfazia seus desejos pessoais, principalmente os da luxuria, fornicando e gozando até morrer de prazer. Só poucos aproveitariam o tempo que lhes resta para orar e se preparem para um Mundo Novo ou uma vida nova.



É claro que tudo isto se deve à falta de conhecimento que grande parte das pessoas têm sobre  o que é que são verdadeiramente e o que fazem neste mundo. A maioria não sabe sequer qual o seu objectivo de estarem neste planeta para além de comerem, beberem, procriarem, dando mais importância ao ter do que ao ser, e por isso deixaram há muito de viver para passarem a sobreviver.

As crises e males da Humanidade resultam pois da grande ignorância que o homem tem sobre si próprio e por isso desrespeita a sua vida e a de todos os seres da Criação, tendo-se tornado a pior espécie das criaturas, a mais perigosa e predadora, que destrói o planeta onde vive com sua forma de Civilização. Nunca é demais dizer isto!



Penso que a última coisa que todos deviamos fazer hoje como seres humanos, se o mundo acabasse amanhã, era redimirmo-nos ou penitenciarmo- nos de nossos próprios males e erros de comportamento animal dito 'inteligente' que não tem sabido viver de forma correcta e coerente, afectando mais a Terra nas últimas décadas do que todas as civilizações anteriores durante gerações. Aliás, muitos são os mesmos “antepassados” que continuam hoje fazendo o mesmo de outros tempos engendrando ou colhendo seus próprios sofrimentos.



Seria bom, pois, que houvesse sobre tudo isto uma verdadeira compreensão, abrindo debates públicos que infelizmente não têm espaço nem tempo de antena de televisão, onde só se fala de gastronomias, moda, estados da economia, feiras de sexo ou do fumeiro, telenovelas, politica ou futebol, e não aquelas mais importantes que poderiam preparar as pessoas para os tempos dificeis que se avizinham e se podia evitar o pior do que se vai passar neste Mundo desde a sua fundação.



Quem puder entenda,



Pausa para reflexão!

Rui Palmela
É MESMO  PAUSA PARA REFLEXÃOOOOOOO JEF !!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

OBRAS PRIMAS - PINTURAS DE QUADROS


História


FONTE : WINKIPÉDIA

    Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: História da pintura

A pintura acompanha o ser humano por toda a sua história. Ainda que durante o período grego clássico não tenha se desenvolvido tanto quanto a escultura, a Pintura foi uma das principais formas de representação dos povos medievais, do Renascimento até o século XX.

Mas é a partir do século XIX com o crescimento da técnica de reprodução de imagens, graças à Revolução Industrial, que a pintura de cavalete perde o espaço que tinha no mercado. Até então a gravura era a única forma de reprodução de imagens, trabalho muitas vezes realizado por pintores. Mas com o surgimento da fotografia, a função principal da pintura de cavalete, a representação de imagens, enfrenta uma competição difícil. Essa é, de certa maneira, a crise da imagem única e o apogeu de reprodução em massa.

No século XX a pintura de cavalete se mantém através da difusão da galeria de arte. Mas a técnica da pintura continua a ser valorizada por vários tipos de designers (ilustradores, estilistas, etc.), especialmente na publicidade. Várias formas de reprodução técnica surgem nesse século, como o vídeo e diversos avanços na produção gráfica. A longo do século XX vários artistas experimentam com a pintura e a fotografia, criando colagens e gravuras, artistas como os dadaístas e os membros do pop art, só para mencionar alguns. Mas é com o advento da computação gráfica que a técnica da pintura se une completamente à fotografia. A imagem digital, por ser composta por pixeis, é um suporte em que se pode misturar as técnicas de pintura, desenho, escultura (3d) e fotografia.

A partir da revolução da arte moderna e das novas tecnologias, os pintores adaptaram técnicas tradicionais ou as abandonaram , criando novas formas de representação e expressão visual.
[editar] Pintura figurativa e abstrata

Quando o artista pretende reproduzir em seu quadro uma realidade que lhe é familiar, como sua realidade natural e sensível ou sua realidade interna, a pintura é essencialmente a representação pictórica de um tema: é uma pintura figurativa. O tema pode ser uma paisagem (natural ou imaginada), uma natureza morta, uma cena mitológica ou cotidiana, mas independente disto a pintura manifestar-se-á como um conjunto de cores e luz. Esta foi praticamente a única abordagem dada ao problema em toda a arte ocidental até meados do início do século XX.

A partir das pesquisas de Paul Cézanne, os artistas começaram a perceber que era possível lidar com realidades que não necessariamente as externas, dialogando com características dos elementos que são próprios da pintura, como a cor, a luz e o desenho. Com o aprofundamento destas pesquisas, Wassily Kandinsky chegou à abstração total em 1917. A pintura abstrata não procura retratar objetos ou paisagens, pois está inserida em uma realidade própria.

A abstração pode ser, porém, construída, manifestando-se em uma realidade concreta porém artificial. Esta foi a abordagem dos construtivistas e de movimentos similares. Já os expressionistas abstratos, como Jackson Pollock, não construíam a realidade, mas encontravam-na ao acaso. Este tipo de pintura abstrata resulta diametralmente oposta à primeira: enquanto aquela busca uma certa racionalidade e expressa apenas as relações estéticas do quadro, esta é normalmente caótica e expressa o instinto e sensações do artista quando da pintura da obra.
[editar] Técnica
Diversos tipos diferentes de tintas

Toda Pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante, que tem o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte.

A escolha dos materiais e técnica adequadas está diretamente ligada ao resultado desejado para o trabalho e como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica utilizadas.

O suporte mais comum é a tela (normalmente feita com um tecido tensionado sobre um chassis de madeira), embora durante a Idade Média e o Renascimento o afresco tenha tido mais importância. É possível também usar o papel (embora seja muito pouco adequado à maior parte das tintas).

Quanto aos materiais, a escolha é mais demorada e, normalmente, envolve uma preferência pessoal do pintor e sua disponibilidade. O papel é suporte comum para a aquarela e o guache, e eventualmente para a tinta acrílica.

As técnicas mais conhecidas são: a pintura a óleo, a tinta acrílica, o guache, a aquarela, a caseína, a resina alquídica, o afresco, a encáustica e a têmpera de ovo. É também possível lidar com pastéis e crayons, embora estes materiais estejam mais identificados com o desenho.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ARTIGO DO SITE DA ACAFIC


ARTIGO BEM INTERESSANTE!
FONTE : ACAFIC

“As Formas de Amor” por Elaine Heloisa Melim
Artigos Diversos, Ensaios, filosofia Deixe um Comentário »

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Imagem: EROS & THANATOS – Sigmund Freud Museum & LIECHTENSTEIN MUSEUM Vienna

O amor se diz de muitas formas; “Diante de um superior, nosso eu nada mais tem a dizer do que declarar amor”, escreve Bettina Brentanoa Goethe, autor de Os sofrimentos do jovem Werther, uma obra que serviu como estimulo a uma série de suicídios por amor em meados do século XVIII. E o sofrimento de Goethe dá origem a um dos mais belos livros sobre a dor de um amor não-correspondido. Se o amor não correspondido pode levar ao suicídio, também pode dar origem à heróica aceitação do fardo de amar demais, como nos versos de Auden: se o afeto não pode ser o mesmo, que eu seja aquele que ama mais. Sentimentos comuns sobre o amor.

Por que nós, seres racionais, padecemos, vez por outra, dessas inquietações da alma? Por que sofremos por aquilo que era uma promessa de felicidade infinita? Por que continuamos a ter tais sentimentos quando já sabemos que a promessa de prazer trará apenas a certeza da dor? Por que entre a dor e o nada, preferimos a dor?

Sponville apresenta três formas de amor: o amor/Eros, que é aquele tematizado no Banquete de Platão e que permeia igualmente o amor romântico. Esse tipo de amor é caracterizado pelo DESEJO, não necessariamente o desejo carnal, mas o desejo do que falta. É o desejo de se reunir à sua metade perdida e se fundir com ela, formando um todo. Como essa fusão é impossível ou fugaz, o amor/Eros é CARÊNCIA, SOFRIMENTO, OBSEÇÃO DA BUSCA DAQUILO QUE COMPLETA. NÃO RARO, EROS ESTÁ LIGADO A MORTE. Assim o é nos relatos românticos de Tristão e Isolda, Romeu e Julieta e Os Sofrimentos do Jovem Werther. O sofrimento é parte essencial do amor romântico que dificilmente poderíamos imaginar esses personagens felizes.

O segundo: o amor Amizade ou amor/Philia, explorado por Aristóteles na Ética a Nicômaco. O amor/philia implica um desejo de partilhar a companhia do outro, seja pelo prazer, pelo útil ou pela virtude, esse ultimo seria sua forma mais completa, definida por Aristóteles como amizade entre bons e virtuosos, que implica querer o bem do outro e ter prazer em sua companhia. Ela é antes de tudo o prazer da presença e da companhia do outro. Os amigos virtuosos querem e fazem o bem uns aos outros e sua mutua companhia é agradável, pois suas atividades são semelhantes. A philia para Aristóteles é uma relação duradoura entre iguais, baseada na vontade de fazer o bem um ao outro e num prazeroso convívio. Ela não se reduz ao que hoje chamamos de amizade, a relação entre conjugues pode ser considerada uma forma de philia, desde que baseada na sua consideração como igual, no prazer da convivência e no mútuo desejo se fazer o bem um ao outro. Passada a paixão romântica, restaria a amizade Aristotélica. Como no caso de um casal de idosos.

O Amor em Spinoza, próximo à philia de Aristóteles; “O amor é uma alegria acompanhada da idéia de uma causa exterior”. Trata-se do amor de regozijo pela mera existência do outro. Nesse amor não há falta, nem a urgente inclinação de unir-se ao ser amado. Para Spinoza, enganam-se aqueles que pensam pertencer, à essência do amor, a vontade de unir-se à coisa amada. Essa é apenas uma propriedade desta afecção. A vontade de o amante unir-se ao amado designa apenas a consolidação do contentamento daquele que ama na presença do outro, alegria que pode existir, contudo, mesmo na ausência. O mero pensamento de sua existência é suficiente para o contentamento, sem implicar nenhuma necessidade de unir-se ao objeto de amor.

O terceiro tipo de amor é a Ágape ou Caritás, mais próximo à philia do que a Eros. É um amor de benevolência, porem não por uma pessoa em particular, mas por toda a humanidade. Esse amor leva a caridade desinteressada, fortemente incitada pelos discursos humanistas ou religiosos. Kant o denominará de benevolência ou humanitas pratica: trata-se de fazer o bem ao outro, ainda que não tendo nenhuma inclinação especial ou sentimental em relação a esse.

Analise que alguns filósofos fazem do amor, com ênfase na forma mais pertubadora: o amor/Eros.

O Banquete é um livro sobre o amor. Há discursos sobre elogias a Eros, deus do amor, entre esses discursos se destacam 3, por ressaltarem aqueles elementos que melhor definem o amor/Eros: a diferença entre o bom e o mau Eros, feito por Pausânias: o MITO DO ANDRÓGINO. Segundo Pausânias, não existe apenas Eros, mas dois: um Eros vulgar e o outro celeste. O Eros vulgar é aquele que ínsita o amor do corpo (sexo) e não do espírito (sentimental). Tal amor é guiado pela concupiscência, não tendo nenhuma preocupação com a virtude do ser amado, não sendo digno de apreço. Ao contrario, o Eros celeste não se dirige ao prazer do corpo, mas do espírito, ama a virtude e a inteligência do outro, não apenas seu corpo. As relações baseada no Eros celeste são mais duradouras, pois os amantes visam a companhia um do outro, já que amam sem espírito e não buscam algo meramente fugaz como o prazer do corpo. Elas levão as associações e amizades duradouras. Eros celeste é o amor da sabedoria e da virtude do outro, a ele nada deve-ser censurado e tudo deve ser permitido: implorar como mendigo, adular (“enganar”) ate a exaustão.

Banquete é o mito do andrógino, narrado por Aristófanes. Segundo a lenda, no inicio do mundo existiam três sexos humanos: o feminino, o masculino e o andrógino. Os seres humanos eram redondos, possuíam quatro pernas, quatro braços, um pescoço, e duas face, quatro orelhas e dois órgãos sexuais. Eles eram robustos, vigorosos e muito velozes, já que para correr davam voltas no ar, usando seus oito membros. Percebendo sua força e robustez, eles decidiram escalar o céu e atacar os deuses.

Zeus encontrou uma forma de enfraquecê-los sem destruí-los por completo. Decidiu corta-los ao meio – assim ficariam mais fracos, mas poderiam ainda se locomover pela terra sobre dois pés. Ele cortou os homens ao meio e virou-lhes a cabeça para dentro, a fim de que pudessem contemplar o ventre e o umbigo, memórias pelo merecido castigo por sua insolência. A partir de então, as criaturas humanas passaram a procuram a sua outra metade e, se a encontravam, ficavam abraçados com ela, gozando da sua unidade reencontrada. Como a saciedade era tanta, os seres morriam assim, abraçadas a sua metade, e a raça humana corria o perigo de extinção. Zeus pensou então num estratagema para que isso não ocorresse: pôs os órgãos sexuais para frente. Dessa forma, se as metades de um andrógino se encontrassem, reproduziriam outros seres. Se fossem as metades de um homem ou de uma mulher, haveria ao menos saciedade sexual no encontro e eles poderiam voltar à sua vida normal. MITO DAS ALMAS GÊMEAS.

Sócrates inicia narrando a defesa que Diotina faz da posição de que Eros não é belo: ele não é feio, nem mal, porem sua natureza mostra a sua própria carência. Para explicá-la, Diotina nos conta a concepção de Eros. Ele é concebido na festa de nascimento de Afrodite, na qual estavam Pênia, a pobreza, e Poros, o esperto filho de Métis. Embriagado de néctar, Poros vai aos jardins e adormece. Neste momento, Pênia querendo conceber um filho dele, deita-se ao seu lado e concebe Eros. Assim, Eros reúne em si as marcas de seus dois progenitores. É pobre, rude e sujo como sua mãe; vivendo na pobreza, passa de porta em porta a mendigar. A mendigar carinho e atenção, exemplo a personagem Silvia da novela das oito. Como o pai, é astuto e vive tramando estratagemas e maquinações. Não é mortal nem imortal, porque acaba o sentimento destinado a alguém, mas não acaba o sentimento em si, ou seja, deixa-se de amar alguém, mas a qualquer momento pode-se amar outro alguém. Acaba aquele sentimento, mas não o amor. Podendo morrer no mesmo dia em que nasceu, e, após sua morte, renascer. Sendo Eros concebido no dia do nascimento de Afrodite, ele é o amor do belo, visto que ela é bela. Por isso que o amor é belo. E esse é o lugar de Eros. Nem feio, nem belo, nem mortal, nem imortal, nem sábio, nem tolo, a essência do amor é fazer ponte entre o humano e o divino. Ele é a busca pela sua metade perdida, busca que evidencia a carência constitutiva de sua pobreza intrínseca.

MORRER DE AMOR

O amor romântico é o amor da impossibilidade de completar sua falta. Ele é ilusório e fugaz. Ou bem o amor não será correspondido, levando a tristeza, desespero ou mesmo a obsessão e morte, ou bem o amor romântico é correspondido e passará a uma forma de amor, mais próximo a philia. Segundo estudos contemporâneos, êxtase amoroso, rebatizado de limerence,dura em média de 18 meses a 3 anos. Surpreendentemente, 3 anos é a duração do elixir de amor de uma das primeiras manifestações literárias que exalta o amor romântico: Tristão e Isolda. Atualmente, sabe-se que essa sensação de euforia romântica é causada por uma substância chamada de feniletilamina. Também encontrada no cacau, matéria prima do chocolate.

TRISTÃO E ISOLDA

Romance baseado em narrativas do século XII e XIII. Isolda filha do rei da Irlanda, deverá ser levada a Cornualha para se casar como o rei Marc, o qual não conhecia. Zelando pelo futuro da filha e temendo que fosse infeliz longe de sua terra natal ao casar com um desconhecido, a mãe de Isolda, uma eximia feiticeira, prepara-lhe um elixir que deveria ser tomado pelos cônjuges antes da noite de núpcias e que faria com que eles se apaixonassem perdidamente um pelo outro. Tristão, sobrinho de Marc, é encarregado de levar Isolda a seu destino. No caminho ainda no navio que os levará para Cornualha, Brangien, criada de Isolda, revela a esta que traz consigo o elixir do amor. Isolda decide tomar a poção mágica e dá-la de beber a Tristão, o qual ignorava o que bebia. O elixir faria com os que bebessem padecessem de um amor tão intenso que não poderiam ficar longe um do outro mais do que um dia sem sofrer e mais do que uma semana sem correr o risco de morrer. Tristão e Isolda bebem o elixir que os unirá de um amor indissolúvel. Isolda, contudo, deverá cumprir sua promessa e casar-se com o rei Marc, o que terá uma serie de desventuras a ambos os amantes, culminando em sua morte. Isolda não é, contudo, vitima de nenhum sortilégio que tenha agido contra a sua vontade, ela sabia o que o elixir era capaz de provocar e mesmo assim decidiu toma-lo (livre arbítrio). Neste romance, podemos ver mais uma característica do amor romântico: se ele é uma doença da alma, é uma doença que o doente decide contrair. Isolda decide voluntariamente tomar o elixir, ainda que Tristão não esteja a par do que está bebendo. Contudo, em nenhum momento, mesmo nas maiores dificuldades, eles quiseram se curar do amor. Isolda é ameaçada pelo rei Marc de ser queimada viva, depois é deixada aos leprosos. Resgatada por Tristão, vai viver com ele nas florestas, sem abrigo nem alimento. O amor provocado pelo elixir possui a propriedade de deixar os amantes insensíveis à dor física e a fome. A dor física, a necessidade, a falta de alimentos e abrigo em nenhum momento fará os amantes deplorarem seu fardo. Kant comentará sobre essa paixão da alma: como curar um doente que não quer a si mesmo curar? Visto que o amor romântico é o amor da impossibilidade, suas manifestações literárias mais significativas estão ligadas à morte: a morte de Isolda e Tristão soma-se a morte de Romeu e Julieta e o suicídio de Werther.

Comparada à dor de um amor impossível a dor física de uma doença sem cura. O suicídio vem a extinguir a dor para a qual não há cura, assim como a morte natural extingue um corpo que não tem mais forças. O paralelo entre a doença do corpo e a doença da alma é reiterada muitas vezes. Não pode haver, portanto, reprovação moral do suicídio: chamar de covarde aquele que se priva da vida seria como censurar aquele que sucumbe a uma febre maligna. A natureza, afirma Werther, tem seus limites, ela sucumbe. O espírito que decide aniquilar a si mesmo não difere da natureza que extingue um corpo que esteja definhando. Na enfermidade, “a natureza não encontra nenhuma saída desse labirinto de forças intrincadas e antagônicas, e o homem tem que morrer”. Ao defender o suicídio por amor de uma jovem de seu povoado, Werther raciocina utilizando a analogia entre as enfermidades do corpo e os tormentos da alma. Assim como nas enfermidades do corpo, não há sentido em reprovar a natureza por não ter esperado o momento propicio para morrer, não há sentido em dizer que a pobre moça desesperada deveria esperar para recobrar o bom senso. A morte, a loucura, o suicídio, todos esses são males que fazem parte da essência do amor nessa sua figura radical.

O amor romântico não leva apenas a morte como impossibilidade da consumação da totalidade almejada. A impossibilidade da posse do ser amado pode levar ao impulso de morte e, por sua vez, a sua destruição. Para viver o amor romântico é preciso superar a morte. Isso ocorre quando descobrimos que o outro não é um mero objeto, sua condição é superior. Eu não desejo o outro, eu desejo o desejo do outro.

O AMOR, NA SUA FORMA AVASSALADORA, DISSOLVE TUDO O QUE É FIXO. OLHAR O OUTRO NOS OLHOS E TEMER O SENHOR ABSOLUTO NOS DÁ A DIMENSÃO MORTAL DE EROS.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

INTERROGAÇÃO


Talvez

Posted: 30 Nov 2009 07:34 PM PST
Observe cada palavra que você usa. Nossa linguagem é tal, nossas maneiras de falar são tais que, sabendo ou não, fazemos afirmações absolutas. Nunca faça isso.

Hesite mais, use mais as expressões talvez e pode ser e permita aos outros a liberdade de decidirem por si mesmos.

Tente isso por um mês. Você precisará estar muito alerta, porque falar em termos absolutos é um hábito profundamente enraizado; mas, se você estiver atento, esse hábito poderá ser abandonado.

Então você perceberá que os argumentos serão abandonados e não haverá necessidade de se defender.

Osho, em "Osho Todos Os Dias"
Imagem por Laris.Sa*
www.palavrasdeosho.com

Cada  indivíduo possui suas verdades, ou  a sua verdade absoluta . Tal verdade vem da  sua  cultura, dos  seus  valores religiosos, enfim..........!
No entanto, num jogo de linguagem, trocas de idéais, poderá acontecer um denominador comum, isto é, uma nova verdade no AGORA.
Más na  nossa  singularidade podemos ter  outras percepcões de  mundo !
Pois, a vida é  movimento, e  as  idéias também !