O filósofo clínico é um
profissional liberal de nível superior, que pratica sua profissão em
consultórios, hospitais, escolas, empresas ou em quaisquer espaços de relações
interpessoais. No uso de suas metodologias específicas, a Filosofia Clínica não
trabalha com noções médicas ou psicológicas de saúde e doença, isto é, de
“normalidade” versus “patologia”, nem com teorias e tipos psicológicos de
personalidade.
A Filosofia Clínica é uma
orientação existencial terapêutica, fundamentada na filosofia acadêmica, que
ajuda pessoas a se conhecerem (a si, aos outros e ao mundo entorno), a reverem
seus conceitos de vida, de valores, de práticas, seus sentimentos, sensações,
pensamentos, e outros, a fim de que possam e saibam se cuidar. Enquanto
filosofia do cuidar, da práxis, é uma ética da alteridade que objetiva orientar
a estrutura de pensamento subjetiva de cada pessoa, ajudando-a nos seus
processos de autonomia de vida. Tanto quanto possível e desejável - com
profundo respeito à liberdade de pensamento individual - o filósofo clínico
ajuda as pessoas a se tornarem mais fortes e mais capazes para enfrentarem
escolhas e momentos difíceis da caminhada. A Filosofia Clínica trabalha para a
autenticidade do ser.